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Os cuidados jurídicos na aquisição de imóveis em leilões: Oportunidades e riscos

Leilões imobiliários oferecem alta rentabilidade, mas exigem rigorosa análise jurídica, econômica e tributária para transformar oportunidades em negócios seguros e altamente lucrativos.

25/6/2025
Lucas Hernandez do Vale Martins

O mercado de leilões imobiliários vem se consolidando como uma das estratégias mais inteligentes e lucrativas para quem busca oportunidades reais de investimento, expansão patrimonial ou diversificação de ativos.

Trata-se de um segmento que permite a aquisição de imóveis com valores significativamente abaixo dos praticados no mercado tradicional, muitas vezes com potenciais de valorização expressivos e retornos que superam, com folga, os índices de rentabilidade das aplicações financeiras convencionais.

Ao contrário do que muitos imaginam, participar de um leilão não é uma atividade restrita a especialistas ou grandes investidores. Pelo contrário, trata-se de um mercado acessível, dinâmico e que oferece excelentes oportunidades tanto para pessoas físicas quanto para empresas e investidores profissionais.

Como toda operação que envolve ativos de alta relevância econômica, é indispensável adotar uma abordagem criteriosa e tecnicamente estruturada. Com o suporte jurídico adequado, o leilão imobiliário deixa de ser um campo de incertezas para se transformar em uma poderosa ferramenta de geração de valor, crescimento patrimonial e segurança patrimonial.

1. Oportunidade ou risco? A resposta está na auditoria imobiliária e na due diligence

Ao contrário do que muitos imaginam, adquirir um imóvel em leilão não é um ato meramente financeiro, mas uma operação que exige análise técnica e jurídica minuciosa.

Isso porque o bem adquirido, especialmente em leilões judiciais ou extrajudiciais, pode estar gravado com ônus ocultos, dívidas fiscais, débitos condominiais ou, ainda, ocupado por terceiros, sejam os próprios executados, locatários ou até possuidores de má-fé.

A ausência de uma due diligence estruturada pode levar o arrematante a herdar passivos relevantes, enfrentando desde custos com desocupação forçada até discussões judiciais sobre nulidade da alienação.

A) Principais riscos envolvidos

2. Diferença entre leilão judicial, extrajudicial e particular: Não é tudo a mesma coisa

Cada modalidade possui regras distintas:

O desconhecimento dessa diferença é a raiz de boa parte dos litígios pós-arrematação.

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Lucas Hernandez do Vale Martins

Pós-Graduado pela FGVLaw em Processo Civil. Especialista em Contract Law - Harvard Law School. Advogado Societário e Empresarial com projeção Internacional. Relator do Tribunal de Ética da OAB/SP

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