A ministra Rosa Weber assume nesta terça-feira, 14, a presidência do TSE, única mulher na Corte, e comandará o pleito mais conturbado da história política recente do país. Já as ministras Cármen Lúcia e Laurita Vaz deixam o comando, respectivamente, do STF e do STJ.
A diversidade de gênero nos Tribunais é bandeira antiga, mas de difícil concretização. Conforme pesquisa realizada por Migalhas, não houve grande mudança da participação feminina nos Tribunais Superiores e TJs no último ano.
O Supremo continua com duas magistradas (Rosa e Cármen), 18,18%, ao passo que o STJ permaneceu com seis mulheres em sua composição de 33 magistrados (também 18,18%). A ministra Regina Helena Costa foi a última a entrar no Tribunal da Cidadania, em agosto de 2013. Após a posse de S. Exa., outras seis vagas foram preenchidas no período de 2014 a 2016, todas por ministros.
O TST é o Tribunal Superior, em termos percentuais (23,07%), com maior participação feminina em sua composição: atualmente são seis mulheres entre as 26 vagas ocupadas (há uma vaga a ser preenchida).
Nos Tribunais Federais, o da 5ª região é o único que não tem, na atual composição, uma desembargadora (0%!). O TRF-3, por sua vez, tem 12 mulheres entre os 42 desembargadores (28,57%) e é presidido pela desembargadora Therezinha Cazerta, que tomou posse no cargo no início do ano.
Os TRFs da 1ª, 2ª e 4ª região têm 27 desembargadores; respectivamente, são cinco (18,51%), cinco (18,51%) e sete mulheres (25,92%).
No caso dos TJs, os Tribunais dos Estados de AL, AP, PE, PI, RO e RR têm apenas uma desembargadora. Nos maiores Tribunais, em termos de vagas, a participação feminina também oscila: em SP, são 29 entre os 360 desembargadores; já no RJ, são 59 mulheres entre os 180 desembargadores.
Veja abaixo como está a participação feminina nos Tribunais estaduais, em valores aproximados:
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 TJ  | 
 Mulheres  | 
 TJ  | 
 Mulheres  | 
| 
 Pará  | 
 60%  | 
 Minas Gerais  | 
 17%  | 
| 
 Bahia  | 
 48%  | 
 Paraná  | 
 16%  | 
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 Acre  | 
 42%  | 
 Paraíba  | 
 16%  | 
| 
 Ceará  | 
 35,5%  | 
 Rio Grande do Norte  | 
 13%  | 
| 
 Mato Grosso  | 
 33%  | 
 Santa Catarina  | 
 13%  | 
| 
 Tocantins  | 
 33%  | 
 Amapá  | 
 11%  | 
| 
 Rio de Janeiro  | 
 33%  | 
 Espírito Santo  | 
 11%  | 
| 
 Rio Grande do Sul  | 
 28%  | 
 São Paulo  | 
 8%  | 
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 Distrito Federal  | 
 25%  | 
 Alagoas  | 
 7%  | 
| 
 Sergipe  | 
 23%  | 
 Mato Grosso do Sul  | 
 6%  | 
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 Amazonas  | 
 23%  | 
 Piauí  | 
 5%  | 
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 Goiás  | 
 22%  | 
 Rondônia  | 
 5%  | 
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 Roraima  | 
 20%  | 
 Pernambuco  | 
 2%  | 
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 Maranhão  | 
 17%  | 
 Fonte: Migalhas  | 
 
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