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PGR aciona STF por falta de regulamentação de "softwares espiões" em celulares

O órgão pede que o Tribunal crie regras provisórias até que o Congresso edite lei sobre o tema.

30/12/2023

A PGR pede que o STF reconheça a omissão do Congresso Nacional por não regulamentar o uso de ferramentas de monitoramento secreto (softwares espiões) de aparelhos de comunicação pessoal, como celulares e tablets, por órgãos e agentes públicos.

Na ADO 84, a PGR alega que novas ferramentas tecnológicas vêm sendo utilizadas por serviços de inteligência e órgãos de repressão estatais para vigilância remota e invasiva desses dispositivos móveis, sob o pretexto de combate ao terrorismo e ao crime organizado.

No STF, PGR questiona falta de regulamentação de monitoramento de celulares.(Imagem: Freepik)

Segundo o órgão, apesar de avanços na legislação para proteger a intimidade, a vida privada e a inviolabilidade do sigilo das comunicações pessoais, como o Marco Civil da Internet e a LGPD, ainda não há uma regulamentação sobre programas de infiltração virtual remota.

Na avaliação da PGR, esses instrumentos podem ser eficazes no combate à criminalidade, mas sua utilização deve observar os princípios constitucionais, com autorização judicial prévia para a obtenção dos dados pessoais dos investigados.

O órgão pede que o STF estabeleça regras provisórias para proteger os direitos fundamentais à intimidade, à privacidade e à inviolabilidade do sigilo das comunicações pessoais e de dados até que o Congresso Nacional aprove lei sobre o assunto.

A ação foi distribuída ao ministro Cristiano Zanin.

Informações: STF.

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