Na manhã deste sábado, 14, a Polícia Federal prendeu o general da reserva Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
A ação foi realizada em cumprimento a mandados judiciais expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022. A prisão contou com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.
De acordo com a PF, a operação incluiu um mandado de prisão preventiva, dois de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão, direcionados a indivíduos suspeitos de dificultar a produção de provas durante a investigação penal.
A lista de alvos abrange ex-ministros do governo Bolsonaro, ex-comandantes do Exército e da Marinha, militares da ativa e da reserva, além de ex-assessores do ex-presidente.
Conforme relatado pela Polícia Federal, há “elementos de prova fortes e robustos” que indicam o papel ativo de Braga Netto nas articulações para pressionar os comandantes das Forças Armadas a aderirem ao movimento golpista.
Segundo a PF, o general teria também atuado para obter informações privilegiadas sobre a delação premiada de Mauro Cid e viabilizado recursos financeiros destinados ao monitoramento de alvos, planejamento de sequestros e, possivelmente, até mesmo homicídios de autoridades.
Os investigados foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
Conforme a PF, as medidas judiciais têm como finalidade impedir a continuidade de práticas ilícitas e garantir o andamento das apurações.
- Processo: Pet 13.299
Leia aqui a decisão e a representação da PF.
Confira o parecer da PGR.