A segurança digital voltou ao centro das atenções com o recente vazamento de dados cadastrais de mais de 25 mil chaves pix, conforme comunicado do Banco Central.
O incidente, ocorrido na QI Sociedade de Crédito Direto S.A. neste começo de ano, reacende o debate sobre a importância de medidas rigorosas de proteção de dados e conformidade com a LGPD.
Marcia Ferreira, gerente de Privacidade e Proteção de Dados da Nelson Wilians Advogados, ressalta algumas ações que podem ser tomadas em episódios parecidos.
"O incidente anunciado reforça a importância das empresas adotarem uma estratégia robusta de proteção de dados que inclua processos de governança claros, infraestrutura tecnológica alinhada a padrões de segurança (como criptografia, controle de acesso e monitoramento contínuo de sistemas), bem como treinamento periódico das equipes para identificação e resposta rápida a ameaças", alerta a especialista.
Marcia também destaca a necessidade de auditorias constantes para evitar falhas. "A implementação de testes de vulnerabilidade e auditorias independentes ajuda a detectar brechas antes que elas resultem em incidentes de grande proporção. Tais medidas reduzem significativamente o risco de vazamentos e demonstram compromisso com as exigências da LGPD", completa.
Diante de um vazamento, a especialista explica que empresas devem agir rapidamente para minimizar impactos e garantir transparência com os clientes e autoridades.
"A empresa deve seguir um plano de resposta a incidentes que contemple comunicação imediata às autoridades competentes e aos titulares dos dados potencialmente afetados, respeitando os princípios de transparência e minimização de danos", orienta Marcia.
"É essencial conduzir uma investigação minuciosa para identificar a origem do problema, corrigir qualquer falha nos sistemas e reforçar controles de segurança", finaliza.