Nos próximos 25 anos, o STF passará por uma renovação completa de seus quadros.
Considerando os seis próximos mandatos presidenciais e não havendo antecipações de aposentadorias - sejam voluntárias, por invalidez ou por eventual mudança legislativa, é possível estimar que 10 vagas serão abertas no STF por motivo de aposentadoria compulsória, aos 75 anos.
Veja a projeção:
O dado revela uma transformação geracional previsível no calendário, mas de consequências profundas para o perfil institucional e político da mais alta Corte do país.
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Três nomeações até 2030
O primeiro ciclo de mudanças relevantes ocorrerá entre 2027 e 2030, período que deverá registrar três aposentadorias compulsórias:
- Luiz Fux (2028);
- Cármen Lúcia (2029); e
- Gilmar Mendes (penúltimo dia de 2030).
Trata-se de uma das maiores renovações de uma só vez desde a redemocratização, com impacto direto sobre a memória institucional do Tribunal.
Um ciclo de estabilidade
O mandato seguinte, de 2031 a 2034, trará uma única vaga, com a saída do ministro Edson Fachin, em 2033.
Já o quadriênio 2035–2038 tende a ser o mais estável das próximas décadas, sem aposentadorias previstas - um raro período de continuidade plena na composição da Corte.
Renovação gradual e concentrada
A partir de 2039, o processo de renovação volta a se intensificar.
No mandato de 2039–2042, está prevista a aposentadoria de Dias Toffoli (2042).
Em seguida, entre 2043 e 2046, dois ministros deixarão o tribunal por compulsória: Flávio Dino e Alexandre de Moraes, ambos em 2043.
O duplo afastamento marcará um momento expressivo de transição interna.
Último ciclo de mudanças
O mandato de 2047–2050 encerrará o processo de substituição completa da atual geração.
Serão três as aposentadorias: Kassio Nunes Marques e André Mendonça (2047), além de Cristiano Zanin (2050).
A esse ponto, o Supremo terá passado por uma renovação integral - um novo colegiado, formado inteiramente por ministros nomeados ao longo de seis presidências consecutivas.
Um novo Supremo
Ao todo, dez nomeações estão previstas entre 2027 e 2050, sem contar eventuais afastamentos voluntários ou mudanças legislativas que possam alterar a idade de aposentadoria.
Embora o levantamento seja apenas prospectivo, ele antecipa o peso que cada mandato presidencial poderá ter na conformação do Tribunal - e, por consequência, nas interpretações constitucionais e políticas que definirão o país nas próximas décadas.