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Fux cita título de negro honorário e relata trajetória contra o racismo

Segundo relatou, dedicação ao tema já lhe rendeu reconhecimento público, como o diploma de “negro honorário número um” e condecorações da Educafro e da Fundação Palmares.

26/11/2025

Durante a sessão do STF nesta quarta-feira, 26, que julga ação sobre violações de direitos da população negra, ministro Luiz Fux afirmou que determinadas ênfases de seu voto decorrem de vivências pessoais e de um compromisso construído ao longo de décadas.

S. Exa. iniciou sua fala destacando que, embora não seja negro, conhece o fenômeno da segregação racial pelas experiências de seus ancestrais, ressaltando que sua dedicação ao tema já lhe rendeu reconhecimento público, como o diploma de “negro honorário número um” e condecorações de entidades como Educafro e Fundação Palmares.

Ao longo da manifestação, o ministro também mencionou episódios simbólicos de sua trajetória, como a entrega do Troféu Raça Negra à filha de Martin Luther King e à mulher de Nelson Mandela. 

Explicando a intensidade com que se posiciona em julgamentos relacionados ao tema, Fux disse que sua postura decorre de convicções íntimas e de sua trajetória.

Então a intuição e a voz do coração, a ênfase e a rebeldia diante de determinados julgados, eles decorrem do meu senso de Justiça”, declarou, acrescentando que sua independência judicial é “insindicável”.

Grandes nomes

Fux recordou ainda que seu vínculo com o debate sobre racismo começou há mais de duas décadas em ambientes de formação jurídica. Citou iniciativas desenvolvidas na Escola da Magistratura e relatou que, “na presença de um ativista negro do Brasil”, em referência ao professor Abdias do Nascimento, iniciou estudos aprofundados sobre o tema.

Por fim, fez referência ao legado do ex-ministro da Corte Joaquim Barbosa, ressaltando sua importância histórica como “um negro de uma cultura ímpar, e que conduziu essa corte, que a elevou muitíssimo no plano da sua legitimidade democrática”.

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