O jovem Kaique Carlos de Souza Ribeiro, de 21 anos, que havia viralizado nas redes sociais após surpreender uma juíza ao reaparecer em uma audiência de custódia em Inhumas/GO, morreu baleado durante um confronto com equipes da Polícia Militar. Segundo a corporação, outro jovem, que não teve a identidade divulgada, também morreu após a troca de tiros. As informações são do g1.
A PM informou que chegou aos suspeitos após receber uma denúncia anônima de que um Gol prata seguiria até Deuslândia, distrito de Brazabrantes/GO, para buscar uma grande quantidade de drogas. Equipes da Companhia de Policiamento Especializado de Trindade localizaram o veículo na GO-222, entre Nova Veneza/GO e Inhumas/GO, na noite de segunda-feira, 24.
Para o portal, o tenente Marcus Ungarelli afirmou que os policiais tentaram abordar o carro, mas os ocupantes fugiram. “Localizamos esse veículo. Fizemos o retorno onde tentamos abordá-lo, porém o mesmo empreendeu fuga. Já chegando na cidade de Inhumas, fizeram a parada, desceram do veículo e efetuaram disparos de arma de fogo contra as equipes, não dando outra alternativa a não ser o revide”, afirmou.
O militar destacou que os dois jovens chegaram a ser socorridos, mas morreram no local. A polícia apreendeu duas armas de fogo, drogas e o veículo utilizado na fuga.
A PM informou ainda ao g1 que Kaique tinha mais de 10 antecedentes criminais, incluindo registros por homicídio, roubo e tráfico de drogas.
Audiência viral
A repercussão sobre Kaique começou após uma audiência de custódia em Inhumas/GO que chamou a atenção nas redes sociais. No vídeo, a juíza Mônica Miranda reconhece o preso e pergunta: “Você aqui de novo?”. Em seguida, ela comenta: “ê, menino, se você fosse meu filho... Me ajuda a te ajudar”.
A audiência teria ocorrido em maio deste ano e tratava de um caso de porte ilegal de arma de fogo. Em outro momento da gravação, a magistrada se dirige à defesa: “Ajuda eu a ajudar o dr. Rodrigo, coitado, que nem consegue dormir”.
Em nota, o TJ/GO afirmou que não comenta manifestações de magistrados e destacou que audiências de custódia servem apenas para verificar a legalidade da prisão, apurar eventuais maus-tratos e garantir os direitos previstos na legislação.