O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta sexta-feira, 13, a soltura do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, preso nesta mãnha, em Recife, no âmbito das investigações relacionadas à tentativa de obtenção de passaporte português em nome de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
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A detenção ocorreu por ordem do próprio Moraes, diante de indícios de que Machado teria atuado para viabilizar a documentação no exterior para o militar, que firmou acordo de colaboração premiada no inquérito sobre a tentativa de ruptura institucional em 2023.
A liberdade, no entanto, foi condicionada ao cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, como o comparecimento periódico à Justiça, entrega do passaporte, proibição de ausentar-se do país e de manter contato com outros investigados no caso.
De acordo com a defesa de Gilson Machado, representada pelo advogado Célio Avelino, o alvará de soltura já foi expedido e a libertação deve ocorrer ainda nesta sexta.
As investigações também apontam que a família de Mauro Cid embarcou recentemente para os Estados Unidos, o que motivou atenção da PF sobre uma possível intenção de evasão.
O episódio não é novo no inquérito. Em março, Moraes já havia determinado que Cid prestasse esclarecimentos sobre o pedido de cidadania portuguesa.
A defesa alegou que o procedimento foi protocolado em janeiro de 2023, exclusivamente por razões familiares, já que a esposa e as filhas do militar já teriam a nacionalidade lusa.
Ainda segundo o advogado Cesar Bittencourt, Mauro Cid chegou a receber um documento de identidade português em 2024, reforçando, contudo, que se trata apenas de uma identificação válida dentro do território europeu.
Informações: Agência Brasil.