O Fórum de Lisboa, realizado anualmente na capital portuguesa, reúne representantes do poder público, da academia e do setor privado em torno de discussões sobre os desafios institucionais, políticos e econômicos do Brasil e de países lusófonos.
É nesse ambiente de pluralidade que, segundo o diretor jurídico do BTG Pactual, Bruno Duque, se constrói um caminho possível para superar a polarização e encontrar soluções conjuntas para o país.
“Nós vivemos, infelizmente, um mundo radicalmente polarizado. A solução vem do diálogo. A gente tem que ter a sociedade sentada à mesa”, afirmou.
Para ele, eventos como o Fórum de Lisboa cumprem esse papel ao reunir representantes de toda a sociedade no ambiente acadêmico, “sentado para discutir alternativas e soluções para o Brasil. A gente tem que valorizar esse tipo de evento.”
Duque defendeu que todos os setores estejam representados nesses espaços.
“Isso é importante que a sociedade toda, entes privados, todos os poderes públicos estejam efetivamente representados nesse diálogo. A sociedade é composta por várias fontes. O poder capital privado, a iniciativa privada é parte integrante da sociedade. Não dá para excluir a sociedade, a capital privada, dessa busca de uma sociedade melhor.”
Ao comentar o papel da iniciativa privada no apoio político, o diretor jurídico criticou mudanças legislativas que afastaram as empresas do financiamento de campanhas.
“Na minha opinião, por exemplo, você ter evoluído para que a doação eleitoral fosse criminalizada, isso é um erro. A sociedade tem que apoiar o direcionamento político, tem que ser efetiva nesse suporte. A iniciativa privada é parte da sociedade, a gente tem que respeitar isso.”
Assista:
O evento
O XIII Fórum de Lisboa acontece de 2 a 4 de julho e tem como tema "O mundo em transformação - Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente". O evento reúne autoridades e acadêmicos de diversas áreas para discutir como a chegada da Era Inteligente tem moldado as relações entre Estados, instituições, empresas e sociedade.