“A vítima aqui é o Estado brasileiro”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes ao negar suspeição na sessão desta terça-feira, 9, em que a 1ª turma do STF julga núcleo 1 da trama golpista, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.
Moraes reiterou que não é suspeito nem impedido de atuar no caso e ressaltou que intimidações não podem servir como estratégia de defesa.
“Qualquer juiz que seja ameaçado, coagido, até agredido no curso do processo, por quem está sendo investigado, ele não se torna suspeito ou impedido. Porque seria muito fácil para a organização criminosa, para os réus escolherem o juiz. Ah, esse juiz eu não gosto. Então, eu vou ameaçá-lo. Eu vou tentar matar. Eu vou xingar”.
O ministro ainda destacou que a lei processual é clara e não prevê afastamento nessas circunstâncias.
“Qualquer fato superveniente ligado ao processo que tente coagir, obstruir a justiça, que ofenda o magistrado, não é causa de suspensão ou impedimento. Então, aqui não há nenhuma investigação ou acusação de tentativa de homicídio”.
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