Nesta terça-feira, 14, durante o julgamento do Núcleo 4 da trama golpista na 1ª turma do STF, o presidente do colegiado, ministro Flávio Dino corrigiu uma informação "futebolística" trazida pelo advogado de defesa de Carlos Rocha, presidente do IVL - Instituto Voto Legal.
Ao comentar as menções da acusação ao comunicador argentino Fernando Cerimedo, o advogado Melillo Dinis do Nascimento afirmou nunca ter visto um argentino "tão presente na história, depois de Bartolomé Mitre, na Guerra do Paraguai, e de Maradona, na Copa de 1978".
Ministro Flávio Dino, então, corrigiu o causídico:
"Eu aproveito o ensejo para lembrar a Vossa Excelência que Maradona não jogou a Copa de 1978. Foi o Mario Kempes. E o senhor pode ser processado por isso."
O advogado respondeu:
“Jogou não? Que injustiça com Maradona, hein, ministro?"
"Mario Kempes e o [Leopoldo] Luque", completou Alexandre de Moraes.
O causídico logo se defendeu:
"Olha aí, está vendo como nós flamenguistas somos despreparados para temas futebolísticos, ao contrário dos corintianos?"
A observação, porém, rendeu nova imprecisão: o ministro Flávio Dino não é flamenguista, S. Exa., na verdade, torce pelo Botafogo.
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Veja o momento:
Logo após o aparte, Dinis retomou a linha da sustentação e reafirmou que seu cliente, Carlos Rocha, nunca teve contato com Cerimedo, apontado pela acusação como responsável por disseminar desinformação sobre as urnas eletrônicas:
"Nunca Carlos Rocha conversou com Fernando Cerimedo, que também não jogou a Copa de 1978."
Moraes palmeirense?
Momentos antes, na mesma sustentação, o advogado fez uma brincadeira com o ministro Alexandre de Moraes para ilustrar o risco de se ampliar indevidamente o conceito de "desinformação".
"É um momento histórico onde qualquer desinformação pode ser atribuída a qualquer pessoa. Quer ver? Se eu disser que o ministro Alexandre de Moraes, eminente ministro, é torcedor do Palmeiras, isso é não só injusto, como acaba por trazer consequências quando ele for lá no Itaquerão."
Veja: