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Defesa mostra anotação pró-vacina de Heleno para afastá-lo de Bolsonaro

Advogado sustenta que general pensava de forma distinta do ex-presidente e perdeu influência política no governo.

3/9/2025

No segundo dia de julgamento dos acusados de integrar o chamado "núcleo duro" do governo Bolsonaro em suposta trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022, o advogado Matheus Mayer Milanez apresentou a defesa do general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI - gabinete de Segurança Institucional.

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Em sustentação oral, o causídico apresentou em plenário uma página da agenda pessoal do militar com a anotação:

"Presidente tem que tomar vacina."

Segundo a defesa, o registro evidencia que Heleno não compartilhava integralmente das posições de Jair Bolsonaro e chegou a divergir em temas relevantes, como a imunização contra a Covid-19.

"Está comprovado, esse afastamento da cúpula decisória", afirmou Milanez, ressaltando que o general manteve autonomia de pensamento e não atuava como conselheiro do então presidente.

Veja o momento:

O advogado reconheceu que Heleno teve papel político de destaque no início do governo, mas frisou que sua influência diminuiu ao longo do tempo.

Para reforçar o argumento, citou depoimento do diretor da Segurança Presidencial, segundo o qual o general foi gradualmente afastado das principais decisões.

"Ele perdeu influência. Com as mais forçosas vênias, mas, está claro - comprovado a rodo, já diria na minha terra - esse afastamento", disse Milanez, ao pedir a absolvição do cliente.

Veja a versão completa

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