Hacker suspeito de adulterar processos em SC é preso em operação
Ação expôs esquema de acesso ilegal e violação de 80 credenciais.
Da Redação
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Atualizado às 14:55
Na segunda-feira, 27, o Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, por meio do CyberGAECO, com apoio do Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional, em colaboração com a 1ª promotoria de Justiça de Curitibanos, deflagrou a Operação Skyfall, com o objetivo da operação foi desmantelar esquema de acesso e alteração ilegal de dados processuais no Estado de Santa Catarina, resultando na prisão do principal suspeito, um hacker.
A operação cumpriu dois mandados judiciais expedidos pela vara Regional de Garantias de Lages, em Curitibanos: um de prisão preventiva e um de busca e apreensão. Com o apoio da Polícia Científica, constatou-se que o investigado possuía mais de um terabyte de informações de diversos usuários, compiladas em um sistema próprio que permitia a violação de credenciais e acesso a plataformas privadas, sistemas judiciais e de órgãos de segurança e saúde.
O suspeito, com histórico de crimes cibernéticos desde a adolescência, é acusado de violar mais de 80 credenciais de usuários com diferentes níveis de acesso, falsificar documentos e adulterar processos para prejudicar a marcha processual.
De acordo com as investigações, ele utilizava ferramentas avançadas para ocultar suas ações e dificultar a detecção das invasões. Documentos e equipamentos foram apreendidos para aprofundar a investigação e identificar possíveis cúmplices.
A Operação Skyfall contou com o apoio do NIS do TJ/SC e da Polícia Científica de Santa Catarina. A colaboração interinstitucional foi fundamental para o sucesso da operação, demonstrando o esforço conjunto no combate a crimes cibernéticos.
"Graças ao trabalho conjunto de inteligência foi possível solucionar mais um caso de golpe que se perpetrava contra o sistema de justiça em Santa Catarina. Isso reforça a importância do trabalho integrado para combater todo e qualquer ataque às instituições e evitar que mais cidadãos sejam lesados", pontuou o coordenador do NIS do TJ/SC, desembargador Sidney Eloy Dalabrida.
