Moraes mantém prisão preventiva de Braga Netto
Ministro citou risco de fuga e necessidade de garantir aplicação da lei penal.
Da Redação
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
Atualizado às 17:46
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, manteve a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, ex-vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O militar está preso desde dezembro de 2024, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na decisão, Moraes ressaltou que Braga Netto foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão na ação penal que apurou a trama golpista de 8 de janeiro de 2023, além de ter sido condenado ao pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados durante os atos antidemocráticos. Segundo o ministro, o risco de fuga justifica a manutenção da prisão.
"O término do julgamento do mérito da presente ação penal e o fundado receio de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8/1/23, autorizam a manutenção da prisão preventiva para garantia efetiva da aplicação da lei penal", escreveu.
Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que Braga Netto teria tentado acessar informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o que reforçou a acusação de tentativa de interferência nas apurações.
A defesa do general nega qualquer tentativa de obstrução e afirma que o militar colaborou com as autoridades ao longo do processo.
Informações: Agência Brasil.




