Permitam-me conversar com o Pacheco, aqui dessa Casa que ele tanto honrou e dignificou. Meu amigo, durante trinta anos, acompanhei a sua trajetória e pude compartilhar momentos de felicidade e momentos de aflição, quando a nossa amizade se solidificava.
Certa vez disputamos um quadro em leilão promovido pelo IDDD. O disputamos com ardor, cada um dando lance superior ao outro, até que resolvemos arrematar a pintura em conjunto; fomos buscá-la, mas foi em vão, pois nenhum de nós possuía dinheiro para cobrir o lance dado.
Você era inquieto, desassossegado, inconformado com situações injustas e pronto a atuar em prol daquele que necessitasse. Você foi um devoto sacerdote do direito de defesa. Generosidade, solidariedade, humanismo eram as suas marcas.
Pacheco, saiba que a sua ausência o coloca mais presente e perto de todos nós. Você não se foi, você está, você não era, você é.