A equipe jurídica responsável pela defesa do general Braga Netto formalizou, nesta segunda-feira, 16, um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para que seja realizada uma acareação entre o militar e o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.
Segundo os advogados, existem divergências significativas entre os depoimentos prestados pelo general e por Cid, as quais demandam esclarecimentos adicionais. A defesa argumenta que se faz necessário elucidar as acusações de que Braga Netto teria discutido o plano denominado Punhal Verde e Amarelo, um suposto planejamento golpista com o objetivo de eliminar autoridades, e que o ex-ajudante teria recebido valores monetários do general acondicionados em uma sacola de vinho.
"E não é demais explicitar que essa diligência complementar se mostra necessária para a devida apuração dos fatos, pois Mauro Cid não trouxe aos autos provas que corroborassem suas acusações em face do general Braga Netto", declarou a defesa.
Adicionalmente, os advogados requereram a suspensão da ação penal relacionada ao golpe, a fim de que a defesa possa realizar uma análise minuciosa de todas as provas que integram o processo.
Na semana passada, Braga Netto foi interrogado por Alexandre de Moraes, oportunidade em que negou ter conhecimento do plano Punhal Verde Amarelo e de ter repassado a Mauro Cid quantias em dinheiro dentro de uma sacola de vinho, destinadas a militares integrantes do esquadrão de elite do Exército, conhecidos como "kids pretos".
O general encontra-se detido desde dezembro do ano passado, sob a acusação de obstruir a investigação referente à tentativa de golpe de Estado e de tentar obter informações detalhadas sobre os depoimentos de delação de Cid.
Com informações da Agência Brasil.