Não há filósofo apedrejado ou político vencido que, após atravessar as asperezas de uma propaganda infecunda, não se volte, no último estádio da vida, para a mocidade, num supremo apelo – tornando-a legatária exclusiva das suas aspirações mal compreendidas ou paralisadas pela inércia inconsciente do meio. Ela é a representante mais próxima do futuro – e, quase sempre, surge como que predestinada a encarnar todos os ideais dos gênios incompreendidos. Daí o constituir-se a sua derradeira esperança.