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Princípio da insignificância

Estelionato de R$ 4 chega ao STJ; ministro aplica insignificância

Um homem vendeu passagem de ônibus, na categoria deficiente, por R$ 4,50. O ministro do STJ Ribeiro Dantas afirmou que a situação concreta merece um tratamento diferenciado.

Da Redação

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Atualizado às 18:37

O ministro Ribeiro Dantas, do STJ, concedeu ordem em HC para anular ANPP - Acordo de Não Persecução Penal feito entre um homem e o MP por estelionato. Ele foi preso em flagrante por vender passe livre "categoria deficiente", referente a transporte público, no valor de R$ 4,50. Em decisão monocrática, o ministro reconheceu a atipicidade da conduta.

 (Imagem: Sérgio Lima | STJ )

Sessão da 5ª turma do STJ. (Imagem: Sérgio Lima | STJ )

Venda de passagem

O homem foi preso em flagrante, em tese, por estelionato. Ele foi pego vendendo passe livre "categoria deficiente".

A polícia estava próximo a um terminal quando visualizaram um homem parado próximo das catracas e bilheteria. A equipe aproximou-se e surpreendeu o referido homem quando realizou a venda de uma passagem de seu passe livre categoria "deficiente fonoauditivo" sem acompanhante. A venda foi constatada com o validador da catraca, que deu a mensagem que o passe já tinha sido utilizado naquele ônibus.

Perguntado ao homem se tinha vendido passagem de ônibus, ele respondeu que tinha vendido passagem do cartão fácil por R$ 4,50. Feita busca pessoal foi encontrado no bolso de sua camisa o passe livre categoria deficiente.

Foi feito celebrado, então, um acordo de não persecução penal, novidade trazida pela lei anticrime.

Tratamento diferenciado

De acordo com o ministro Ribeiro Dantas, a situação concreta merece um tratamento diferenciado. O ministro destacou (i) o reduzidíssimo valor econômico (R$ 4,50); (ii) primariedade do agente; (iii) não envolvimento da entidade previdenciária.

"Ante o exposto, concedo a ordem de habeas corpus, para reconhecer a atipicidade material da conduta e, assim, anular o acordo de não persecução penal, bem como o arquivamento da persecução criminal."

Leia a decisão

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