MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. Migalhas Quentes >
  4. Caso Henry: Justiça solta mãe com tornozeleira; Jairinho segue preso
Prisão preventiva

Caso Henry: Justiça solta mãe com tornozeleira; Jairinho segue preso

Monique ficará em local sigiloso e não pode ter comunicação com terceiros, com exceção de familiares e integrantes da defesa.

Da Redação

terça-feira, 5 de abril de 2022

Atualizado às 16:48

A Justiça do Rio permitiu nesta terça-feira, 4, a soltura da mãe do menino Henry, Monique Medeiros, usando tornozeleira eletrônica. Ela estava presa há quase um ano, quando também foi preso o padrasto a criança, doutor Jairinho, ambos acusados da morte do menino.

Decisão é da juíza de Direito Elizabeth Machado Louro, da 2ª vara Criminal do RJ, ao manifestar preocupação com ameaças sofridas por Monique dentro da cadeia e diz que a manutenção da prisão "não favorece a garantia da ordem pública".

A decisão substitui a prisão preventiva de Monique pelo monitoramento eletrônico. Ela deve ficar em local sigiloso, e sem contato com terceiros além da família e da defesa, "notadamente testemunhas neste processo". Também ficam vedadas publicações em redes sociais, sob pena de restabelecimento da ordem prisional.

Jairinho segue preso.

 (Imagem: Beatriz Orle/Agência Enquadrar/Folhapress)

Monique, mãe do menino Henry, será solta com tornozeleira.(Imagem: Beatriz Orle/Agência Enquadrar/Folhapress)

Campanhas de ódio

Ainda na decisão, a magistrada pontuou que, até então, avaliou-se que a manutenção da prisão era o meio adequado de se prevenirem reações exacerbadas e incivilizadas contra a requerente. Contudo, segundo a juíza, "multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego" de Monique dentro do ambiente carcerário. Embora não tenham sido comprovadas, as ameaças ganharam espaço na imprensa e mídias sociais, "recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas".

"Em contrapartida, episódio secundário - se comparado às ameaças de morte e de agressões dentro do cárcere - e de cunho claramente sexista, mereceu atenção redobrada das autoridades custodiantes, ameaçando, inclusive, a avaliação do comportamento da ré Monique para fins de progressão de regime, de quem ainda sequer foi condenado", prossegue a magistrada.

No início de março, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, informou que estava apurando possíveis "atos libidinosos" por parte da detenta com um advogado, dentro do parlatório da cadeia. A denúncia teria partido de outras presas.

"Resulta, pois, claro que o ambiente carcerário, no que concerne à acusada Monique, não favorece a garantia da ordem pública", ponderou a juíza na decisão. "Diante de tais ponderações, acolho o pedido da defesa de Monique para substituir a prisão preventiva por monitoração eletrônica".

O caso

Henry, garoto de 4 anos, morreu em março de 2021 e, de acordo com a denúncia do MP/RJ, foi vítima de torturas realizadas por Jairinho.

Monique também responde por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas.

Monique e Jairinho foram presos em abril do ano passado.

  • Processo: 0066541-75.2021.8.19.0001
CCM Advocacia de Apoio
CCM Advocacia de Apoio

Escritório Carvalho Silva & Apoio Jurídico. Fundado na cidade de Marabá pela advogada Regiana de Carvalho Silva, atua com proposito de entregar para cada cliente uma advocacia diferenciada, eficaz e inovadora. Buscamos através do trabalho em equipe construir dia após dia uma relação solida...

Flávia Thaís De Genaro Sociedade Individual de Advocacia

Escritório de advocacia Empresarial, Flávia Thaís De Genaro Sociedade Individual de Advocacia atua nas áreas Civil, Tributária e Trabalhista. Presta consultoria em diversos segmentos da Legislação Brasileira, tais como: Escrita Fiscal, Processo Civil e Alterações do Novo Código de 2002, Falências,...

TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA

TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA