MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. PGR defende que não há vínculo entre entregador e plataforma
Vínculo trabalhista

PGR defende que não há vínculo entre entregador e plataforma

A manifestação de Gonet ocorreu em processo que deverá ser analisado pelo plenário do STF no dia 8 de fevereiro.

Da Redação

sábado, 27 de janeiro de 2024

Atualizado às 09:26

O PGR, Paulo Gonet Branco, alterou posição inicial em relação às ações que debatem o vínculo trabalhista entre entregadores e as plataformas, passando a entender que não há configuração de vínculo empregatício entre motoristas e aplicativos.

Segundo a procuradoria, decisões trabalhistas em face da Rappi contrariam jurisprudência da Corte, que reconhece a validade de formas alternativas de contratação.

A manifestação ocorreu na RCL 64.018, envolvendo a plataforma, que deverá ser analisado pelo plenário do Supremo em 8 de fevereiro.

 (Imagem: Karime Xavier/Folhapress)

PGR defende que não há vínculo entre entregador e plataforma.(Imagem: Karime Xavier/Folhapress)

Na manifestação apresentada, Gonet esclarece que decisões monocráticas e da 1ª turma do STF consideraram que a Justiça do Trabalho agiu de forma inadequada ao reconhecer o vínculo entre motoristas e aplicativos. Essas decisões argumentam que tal posicionamento da Justiça trabalhista entra em conflito com a posição consolidada pelo Supremo de que existem outras formas legítimas de prestação de serviços além das previstas na CLT.

Assim, na perspectiva do PGR, as decisões acerca do vínculo entre a Rappi e os entregadores estariam em desacordo com a interpretação do Supremo "no que tange à constitucionalidade de se situar à margem da CLT a prestação de serviço intermediada por plataformas digitais em casos de ordem análoga".

Relembre

Desde que o STF decidiu pela licitude de outras formas de trabalho diferentes da CLT, há um desalinho com a Justiça do Trabalho quanto à questão. 

Enquanto a Corte trabalhista, em uma posição mais conservadora, vê pejotização ilícita e reconhece vínculo de emprego entre trabalhadores e empresas de aplicativos, o Supremo se mostra mais liberal diante de novos formatos, derrubando decisões de vínculos de emprego e permitido a terceirização inclusive de atividade-fim.

Em 5 de dezembro de 2023, os ministros da 1ª turma colocaram em pauta dois casos envolvendo vínculo de emprego entre motoristas e aplicativos. Um deles, a Rcl 64.018, em que houve a manifestação da PGR, foi afetado ao plenário da Corte.

O outro processo, a Rcl 60.347, envolve o aplicativo Cabify. Neste caso, o colegiado cassou acórdão que reconheceu o vínculo de emprego. 

Na mesma sessão, a 1ª turma do STF encaminhou ofício ao CNJ pedindo a apuração de reiterados descumprimentos, pela Justiça do Trabalho, da jurisprudência da Corte em relação aos casos de vínculo de trabalho.

Patrocínio

Patrocínio Migalhas
RAUL BARCELO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA
RAUL BARCELO SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

Diligências e audiências na cidade de São Paulo-SP

ADRIANA MARTINS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA
ADRIANA MARTINS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

Nosso escritório é formado por uma equipe de advogados especializados, nas áreas mais demandas do direito, como direito civil, trabalhista, previdenciário e família. Assim, produzimos serviços advocatícios e de consultoria jurídica de qualidade, com muito conhecimento técnico e jurídico. A...

STORINO & BELCHIOR ADVOGADOS
STORINO & BELCHIOR ADVOGADOS

O escritório STORINO & BELCHIOR ADVOGADOS é especialista em Direito do Trabalho, atuando na defesa dos interesses dos trabalhadores e empresas, sempre pautados pela ética, responsabilidade e excelência técnica. Nosso compromisso é oferecer um atendimento personalizado e soluções jurídicas...