Mulher é condenada por injuria racial contra humorista Eddy Junior
Elisabeth Morrone era vizinha do humorista e o xingou de "macaco, ladrão, sujo e imundo".
Da Redação
sexta-feira, 7 de março de 2025
Atualizado às 12:38
A aposentada Elisabeth Morrone, responsável por ataques racistas contra seu vizinho, o humorista Eddy Júnior, em outubro de 2022, foi condenada por injúria racial e ameaça. O filho da aposentada, Marcos Vinicius Morrone Sartori, também foi condenado. Decisão é do juiz de Direito Fernando Augusto Andrade Conceição, da 14ª vara Criminal de SP.
Vídeos publicados pela imprensa à época mostraram Elisabeth xingando o artista de "macaco, ladrão, sujo e imundo". Na gravação feita pelo artista, a aposentada e seu filho também aparecem com garrafa e faca em mãos em frente ao apartamento do humorista.
A pena foi fixada em um ano e dois meses de prisão pelo crime de injúria racial e um mês e cinco dias pelo crime de ameaça, em regime aberto, além de uma multa. Marcos foi condenado por ameaça a dois meses de detenção, também em regime aberto.
O processo corre em segredo de Justiça.
Relembre o caso
Elisabeth e Eddy residiam em apartamentos em um mesmo condomínio na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. O caso ganhou repercussão após Eddy filmar as agressoes e denunciar Elisabeth ao condomínio, à polícia e nas redes sociais.
Macaco, Feio, Urubu, neguinho, perigoso que oferece riscos aos moradores brancos. foi isso tudo que eu tive que ouvir de uma #racista. pic.twitter.com/EBJ5XUMVae
— Eddy Jr (@EddJr_) October 18, 2022
O episódio resultou em dois processos. O primeiro, concluído em outubro do ano passado, culminou na expulsão de Elisabeth do condomínio e em sua condenação ao pagamento de indenização.
O segundo, em trâmite na 14ª vara Criminal, resultou na condenação por injúria racial.
Defesa
Em entrevista à Agência Brasil, José Beraldo, defensor dos Morrone, argumenta que o filho da aposentada, Marcos, possui transtornos mentais, e há no processo uma perícia de insanidade mental realizada com Marcos, que foi aceita na ação.
O advogado, que recorre de ambos os processos, nega ofensas racistas, e afirmou que já existia um conflito prévio entre os vizinhos, motivado por provocações de Eddy.