Formado em Direito pela USP, brasileiro regeu coral na 1ª missa de Leão XIV

Celebrada na manhã da última sexta-feira, 9, no Vaticano, a primeira missa do Papa Leão XIV foi marcada não apenas pelo início solene do novo pontificado, mas também pela presença de um brasileiro à frente da música litúrgica: o monsenhor Marcos Pavan, maestro do tradicional Coro da Capela Sistina.

Confira:

Conheça a trajetória

Nascido em São Paulo em 1962, Pavan não apenas se destacou nos palcos da música sacra mundial, mas também construiu uma trajetória marcada pela pluralidade intelectual. Em 1985, ele formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo, no tradicional Largo S. Francisco. Anos depois, seguiu sua vocação religiosa, sendo ordenado sacerdote em 1996. 

Além da formação jurídica, o monsenhor dedicou-se à música desde cedo. Estudou técnica vocal em São Paulo e especializou-se em canto gregoriano em Nova York, reunindo formação sólida tanto nos campos seculares quanto espirituais. Complementando esse percurso, graduou-se também em Teologia pela Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma.

Sua ascensão no cenário musical do Vaticano teve um ponto alto em 2020, quando foi nomeado oficialmente diretor do coral da Capela Sistina pelo então Papa Francisco - cargo que já exercia interinamente desde 2019. À frente da mais antiga instituição musical em atividade contínua no Ocidente, Pavan protagonizou momentos simbólicos, como a emocionante cerimônia da Sexta-feira Santa em 2020, realizada com apenas cinco cantores e o Papa em uma Praça São Pedro vazia devido à pandemia.

Coube ainda ao maestro brasileiro a condução musical nas cerimônias fúnebres dos papas Bento XVI e Francisco, consolidando sua presença em eventos que entraram para a história da Igreja e da cultura universal.

Ocupando uma posição que transcende sua importância religiosa, Pavan mantém-se em um dos postos mais prestigiados do universo da música erudita.