Advogada de Deolane será conduzida coercitivamente para depor
Medida foi determinada após a ausência da advogada em oitiva marcada para o dia 29 de abril.
Da Redação
domingo, 11 de maio de 2025
Atualizado em 12 de maio de 2025 08:16
A Justiça Federal de São Paulo autorizou a condução coercitiva da advogada Adélia de Jesus Soares, que atua na defesa da influenciadora digital Deolane Bezerra, para prestar depoimento à CPI das Bets.
A medida foi determinada após a ausência da advogada na oitiva marcada para o dia 29 de abril, e atende pedido da comissão parlamentar que apura crimes envolvendo casas de apostas on-line ilegais.
Sócia da empresa Payflow Processadora de Pagamentos LTDA, apontada como fachada para atuação de uma organização estrangeira, Adélia foi indiciada pela Polícia Civil do DF pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.
As investigações indicaram que ela teria contribuído para a criação de uma estrutura clandestina voltada à exploração de jogos de azar no Brasil por meio da empresa.
De acordo com os parlamentares, a Playflow movimentou quantias com indícios de lavagem de dinheiro e realizou operações financeiras em desacordo com as normas do Bacen. Entre os mecanismos fraudulentos utilizados estariam o uso de documentos falsos e vínculos com uma empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, o que levanta suspeitas de transações internacionais ilícitas.
Na mesma sessão em que Adélia não compareceu, o empresário Daniel Pardim Tavares Lima foi preso por falso testemunho. Ele afirmou não conhecer a advogada, embora ambos sejam sócios na Payflow .
Além da condução coercitiva de Adélia, a CPI das Bets aprovou a convocação de Giliard, filho de Deolane Bezerra. Com 21 anos, o jovem influenciador digital acumula mais de 1,4 milhão de seguidores nas redes sociais, onde promove plataformas de apostas e cassinos online.