Dino diz que, até Moraes desmentir, tinha medo da sala escura do TSE
Ministro ressaltou que discursos contra as urnas buscavam criar narrativa de fraude eleitoral em 2022.
Da Redação
terça-feira, 9 de setembro de 2025
Atualizado às 18:03
A 1ª turma do STF iniciou nesta terça-feira, 9, a sessão da tarde do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado e crimes correlatos.
Durante seu voto, o ministro Flávio Dino ressaltou que as tentativas do ex-presidente e de seus apoiadores, em 2022, de descredibilizar as urnas eletrônicas tinham como objetivo transmitir a ideia de que o processo eleitoral estaria viciado por fraude.
"Já houve a lembrança, pelo eminente relator, o quanto aos atos conduzentes à deslegitimação da Justiça Eleitoral e friso, não é deslegitimação das urnas, é deslegitimação, aí cabe o raciocínio, deslegitimar a urna é crime e meio, o fim é dizer, a eleição é fraudada."
Na sequência, Dino mencionou a disseminação de notícias falsas relacionadas às eleições, incluindo a fake news sobre a suposta existência de uma "sala escura" no TSE.
"É como a história da sala escura do TSE. Eu tinha muito medo de um dia ter que ir ao TSE e precisar ir nessa sala escura. Ainda bem que o ministro Alexandre esclareceu que ela não existe. Mas essas histórias de sala escura, código-fonte. Tinha um escopo, que não era discutir a tecnologia. Era dizer que esse ente estatal é fraudador da vontade popular."
A "sala escura" é um boato que circulou em eleições anteriores, principalmente em 2018 e 2022. A fake news dizia que existia uma sala secreta no TSE onde os votos das urnas eletrônicas seriam manipulados antes do resultado ser divulgado.
Veja o momento: