MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. Migalhas Quentes >
  4. OAB e CNJ firmam parceria para combater prática de litigância abusiva
Cooperação

OAB e CNJ firmam parceria para combater prática de litigância abusiva

O Conselho Pleno da OAB aprovou a celebração de um termo de cooperação técnica com o CNJ, visando o compartilhamento de dados e a adoção de medidas conjuntas para identificar e tratar a litigância abusiva.

Da Redação

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Atualizado às 09:17

Em decisão unânime, o Conselho Pleno da OAB aprovou, nesta segunda-feira, 22, a formalização de um termo de cooperação técnica com o CNJ. A parceria tem como finalidade o compartilhamento de informações e a implementação de ações coordenadas para identificar e combater a prática de litigância abusiva no país.

O conselheiro do CNJ, Marcello Terto, representante da advocacia no órgão, enfatizou a relevância do acordo durante a sessão. Segundo ele, "o termo de cooperação é essencial para que a OAB participe ativamente da formulação dessa política. Não se trata de responsabilizar a advocacia, mas de enfrentar, de forma conjunta, os fatores que geram a litigiosidade no Brasil. Só assim conseguiremos mudar a percepção da cidadania sobre a Justiça".

Alexandre Ávalo Santana (OAB/MS), conselheiro federal e relator da matéria, salientou que a iniciativa se alinha ao esforço nacional para mitigar práticas que comprometem a celeridade processual e a eficiência da jurisdição. Ávalo Santana esclareceu que "não se busca, tampouco se pretende buscar, criminalizar a advocacia de massa legítima, a qual é compatível com o acesso à Justiça, mas criar mecanismos para identificar e coibir práticas temerárias ou fraudulentas que sobrecarregam o sistema judicial".

O parecer destacou a importância de diferenciar a litigância de massa legítima, resultante de lesões homogêneas de direitos em áreas como Direito do Consumidor e Previdenciário, da litigância abusiva, caracterizada pela multiplicação artificial de processos, falta de provas mínimas, divisão desnecessária de pedidos ou ajuizamento com intenções fraudulentas ou protelatórias.

 (Imagem: Raul Spinassé/OAB)

Sessão do Conselho Pleno da OAB.(Imagem: Raul Spinassé/OAB)

A decisão do Conselho considerou o Tema 1.198 do STJ, que estabeleceu critérios para coibir a litigância predatória, a recomendação CNJ 159/24, que define diretrizes para identificar e tratar práticas abusivas, e as experiências dos centros de inteligência de tribunais, que alertam para a necessidade de distinguir demandas de massa de abuso processual.

O relator também observou que algumas análises técnicas ainda incorrem em generalizações, reforçando a necessidade de um acordo que assegure critérios objetivos e preserve o acesso à Justiça. Ávalo reiterou que a OAB deve participar ativamente na definição de critérios, gestão de dados e revisão de classificações, garantindo a contestação de eventuais distorções. "O combate à litigância abusiva deve ser conduzido com base em evidências, dados e cooperação institucional, sem filtros automáticos ou presunções generalizantes, de modo a resguardar o acesso à ordem jurídica justa", concluiu.

Com informações da OAB.

Patrocínio

Patrocínio

Patrocínio Migalhas
CCM Advocacia de Apoio
CCM Advocacia de Apoio

Escritório Carvalho Silva & Apoio Jurídico. Fundado na cidade de Marabá pela advogada Regiana de Carvalho Silva, atua com proposito de entregar para cada cliente uma advocacia diferenciada, eficaz e inovadora. Buscamos através do trabalho em equipe construir dia após dia uma relação solida...

FREDERICO SOUZA HALABI HORTA MACIEL SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

FREDERICO SOUZA HALABI HORTA MACIEL SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA
TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA

TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA