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Memória da escravização

Justiça Federal debate reparação histórica e memória do Cais do Valongo

Aula magna reunirá juristas para discutir o papel do Judiciário na promoção da equidade racial.

Da Redação

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Atualizado às 14:45

A Justiça Federal realiza, em 19 de novembro, no CCJF - Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro, a aula magna "Memória da Escravização: O papel da Justiça Federal para a reparação histórica". 

O evento, promovido pelo CEJ/CJF - Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal, reunirá autoridades e juristas para discutir o papel do Judiciário no enfrentamento do racismo estrutural e na promoção da equidade racial.

As inscrições estão abertas até 14 de novembro, por meio de formulário eletrônico disponível no portal do CJF.

A programação inclui o lançamento do livro e da exposição "Valongo: Justiça pela Memória do Cais", que apresenta uma leitura artística da decisão que garantiu a preservação do Cais do Valongo, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Para o ministro Luis Felipe Salomão, vice-presidente do CJF e diretor do CEJ, o debate é um chamado à consciência coletiva: "Reconhecer a dor e a resistência do passado é condição para transformar o presente e abrir caminhos para um futuro em que a memória seja fonte de justiça e a reparação histórica seja compromisso de todos".

A mostra ficará aberta ao público de 20 de novembro a 19 de dezembro, na galeria Cela do CCJF, convidando a sociedade a refletir sobre um dos capítulos mais marcantes da história brasileira.

 (Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress)

Justiça Federal promove reflexão sobre reparação histórica e memória do Cais do Valongo.(Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress)

Um marco de memória e resistência

Símbolo de dor e resistência, o Cais do Valongo, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, foi o maior porto escravagista das Américas entre os séculos XVIII e XIX. Estima-se que entre 500 mil e 1 milhão de africanos escravizados tenham desembarcado no local.

Redescoberto em 2011 e reconhecido pela Unesco em 2017, o sítio teve sua importância reafirmada pela lei 15.203/25, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o declarou patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro essencial à identidade nacional.

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