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A volta do léxico proibido?

Sem Barroso, STF volta a falar difícil, com nomes russos e químicos

O tema, intrincado por natureza, rendeu ao plenário um curioso cruzamento entre química, literatura russa e Direito tributário.

Da Redação

domingo, 19 de outubro de 2025

Atualizado às 09:36

Ministro Luís Roberto Barroso mal deixou o STF, e o plenário já foi palco de uma maratona vocabular, distante da "linguagem simples".

Durante o julgamento da ADIn que discute a isenção fiscal a agrotóxicos, o advogado do Partido Verde, Lauro Rodrigues de Moraes Rego Júnior, levou à tribuna um repertório digno de vestibular russo com química avançada.

Entre "Anton Chekhov" e "Ermolai Lopakhin", desfilaram também "Clorpirófos, Diuron, Mancozeb, Tebuconazol".

Não se trata, evidentemente, de culpa do causídico - é que o tema, por si só, já exige um vocabulário digno de tratado químico com epígrafe russa.

Barroso deve ter ouvido lá de fora e pensado: "E se eu voltar?"

Confira:

Durante a presidência no Supremo, Luís Roberto Barroso foi um dos principais defensores da linguagem simples no Judiciário - movimento voltado a aproximar as decisões da população, eliminando jargões técnicos e expressões excessivamente rebuscadas.

Como parte desse esforço, o ministro idealizou o "Pacto pela Linguagem Simples", iniciativa que, segundo ele próprio, foi uma das "meninas dos olhos" de sua gestão à frente da Corte.

Ao longo da gestão, Barroso enfatizou, com sensibilidade social, a necessidade de aprimorar a comunicação do Judiciário, tornando-a mais clara e acessível, de modo a fortalecer o vínculo entre Justiça e sociedade e consolidar a clareza como valor institucional dentro do STF.

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