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Registro

Justiça autoriza registro de bebê com nome em homenagem ao Papa

Casal de MG poderá registrar a filha com o nome Mariana Leão.

Da Redação

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Atualizado às 10:07

Um casal de Juiz de Fora/MG conseguiu na Justiça autorização para registrar a filha com o nome Mariana Leão, após o pedido ter sido negado pelo cartório. A decisão judicial reconheceu que o nome não possui caráter vexatório e garantiu o registro, realizado no dia 20 de outubro, quando a criança completou dois meses de vida. As informações são do G1.

A menina nasceu em 20 de agosto, mas o cartório da cidade recusou o registro com o argumento de que o nome poderia "expor a criança ao ridículo", por se tratar de um termo associado a um animal, além de não ser considerado nome próprio nem feminino.

Inconformados, os pais recorreram à Justiça. Segundo a mãe, que preferiu não se identificar, o nome foi escolhido como homenagem religiosa e tem significado especial para a família.

"A homenagem começa com o nome 'Mariana', que significa cheia de graça. Para a Igreja Católica, este é o ano jubilar, o ano da graça. Pensamos em vários nomes compostos e nos perguntamos: por que não homenagear o Papa Leão XIV e todos os outros que usaram o mesmo nome?", relatou.

O caso foi analisado pela vara de Sucessões, Empresarial e de Registros Públicos da comarca de Juiz de Fora. O juiz de Direito Augusto Vinícius Fonseca e Silva determinou o registro imediato do nome, afirmando que a recusa do cartório não tinha base legal.

Na decisão, o magistrado destacou que "a mera associação de um nome a um elemento da natureza, seja flora ou fauna, não o torna, por si só, vexatório". Ele também ressaltou que o nome Mariana Leão possui "significado digno e respeitável" e que a homenagem religiosa afasta qualquer conotação pejorativa.

 (Imagem: Cecilia Fabiano/LaPresse/DiaEsportivo/Folhapress)

Bebê é registrada como Mariana Leão em homenagem ao Papa Leão XIV.(Imagem: Cecilia Fabiano/LaPresse/DiaEsportivo/Folhapress)

Outros casos semelhantes

Casos de recusa de nomes em cartórios têm se tornado mais frequentes e, em alguns deles, também resultaram em decisões favoráveis aos pais.

Em janeiro de 2023, o cantor Seu Jorge e sua companheira Karina Barbieri obtiveram o direito de registrar o filho com o nome Samba, após o cartório inicialmente negar o pedido. A autorização foi concedida após manifestação da Arpen/SP - Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo, que reconheceu o valor cultural do nome.

Em outubro de 2025, a vara de Registros Públicos de Belo Horizonte/MG autorizou o registro do nome Tumi, de origem africana, mas negou o segundo nome, Mboup, por possível confusão jurídica e administrativa.

Outro caso ocorreu em setembro de 2024, quando um casal conseguiu registrar o filho como Piiê, nome do primeiro faraó negro do Egito. O pedido havia sido inicialmente recusado pelo cartório e pela Justiça, mas foi posteriormente aceito após reconhecimento da questão cultural envolvida.

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