MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. Migalhas Quentes >
  4. Fotógrafo é condenado por não entregar fotos e vídeos a 60 clientes
Estelionato

Fotógrafo é condenado por não entregar fotos e vídeos a 60 clientes

TJ/SP manteve a pena ao entender que ele continuou vendendo serviços mesmo após sucessivos descumprimentos.

Da Redação

sábado, 15 de novembro de 2025

Atualizado em 14 de novembro de 2025 10:32

TJ/SP manteve a condenação de fotógrafo a três anos, dez meses e vinte dias de reclusão em regime inicial semiaberto após a venda de serviços de foto e vídeo que não foram entregues. A decisão é da 7ª câmara de Direito Criminal, que entendeu que ele continuou firmando contratos mesmo diante do reiterado descumprimento das obrigações pela empresa.

Segundo a decisão, a empresa firmou, entre 2014 e 2018, diversos contratos para registrar casamentos, recebeu pagamentos integrais e não entregou o material contratado. O homem era responsável por vender os serviços, negociar os contratos e atuar nos eventos.

Os autos revelam que o número de pessoas prejudicadas chegou a cerca de 60, conforme depoimentos colhidos no processo. A defesa sustentou nulidade da sentença, alegou ausência de dolo e afirmou que o vendedor não tinha participação nas decisões internas nem conhecimento das dificuldades financeiras da empresa.

 (Imagem: Freepik)

Mantida condenação de fotógrafo de casamento por estelionato.(Imagem: Freepik)

Na fundamentação, o relator, desembargador Mens de Mello, destacou que todas as teses defensivas foram analisadas e que o conjunto das provas demonstra que o vendedor tinha papel central na atividade comercial, continuando a captar clientes apesar do histórico crescente de inadimplemento.

"Mesmo em crise financeira e com inúmeras vítimas desatendidas pelos serviços, inclusive com parte delas sem entrega total do quanto contratado (folhas 1716/1720), o acusado continuou realizando as vendas, ou seja, assumiu o risco de não cumprir com a entrega do produto comercializado, não havendo que se cogitar tratar-se de simples inadimplemento contratual."

O colegiado concluiu que ficou configurado o dolo eventual, pois o responsável pelas vendas continuou a firmar contratos mesmo diante da possibilidade concreta de não cumprimento.

Dessa forma, a câmara manteve a pena-base elevada pelas consequências às vítimas, preservou o reconhecimento da reincidência, aplicou o aumento pela continuidade delitiva e confirmou a pena definitiva de três anos, dez meses e vinte dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, afastando a substituição por penas restritivas diante da reprovabilidade da conduta e dos antecedentes.

Leia a decisão.

Patrocínio

Patrocínio

Patrocínio Migalhas
FERNANDA DOS ANJOS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA
FERNANDA DOS ANJOS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

Olá, meu nome é Fernanda dos Anjos. Meu escritório fica localizado em RJ/Niterói. Conto com o apoio de colaboradores e parceiros, o que possibilita uma atuação ampla e estratégica. Entre as atividades desempenhadas estão a elaboração de peças processuais, participação em audiências de...

AGIJUS - LOGISTICA JURIDICA
AGIJUS - LOGISTICA JURIDICA

Uma gestão jurídica diferente, especializada na gestão de processos. Vantagens: Agilidade | Eficiência | Fatura única | Atendimento individualizado | Emissão de NF | Serviço auditado | Foco no cliente. Contate-nos.

CASTANHEIRA MUNDIM & PIRES ADVOCACIA

CASTANHEIRA MUNDIM & PIRES ADVOCACIA