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PL proíbe que agentes públicos monetizem próprio conteúdo na internet

Para autor da proposta, a prática da atividade extra, fora da jornada de trabalho e sem o emprego de material público, não deve ser feita em nenhuma de suas formas.

16/7/2022

O PL 1.674/22 proíbe que agentes públicos recebam vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, com publicação de conteúdo, inclusive audiovisual, em aplicações de internet, no exercício da função pública ou em razão dela.

Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta inclui a conduta entre os atos de improbidade administrativa contra os princípios da administração pública. O texto modifica a lei de improbidade.

O autor da proposta, deputado Aureo Ribeiro, explicou que, “via de regra, não há incompatibilidade entre as atividades liberais e o exercício da atividade pública. Claro, desde que aquela não guarde relação com as prerrogativas do cargo, o servidor não se valha de informações privilegiadas em função de seu cargo em benefício próprio, e a prática da atividade extra se dê fora da jornada de trabalho e sem o emprego de material público, em nenhuma de suas formas”.

Aureo ainda lembrou que, em 2020, a Câmara dos Deputados proibiu os parlamentares de usarem dinheiro da cota para contratar serviços que possam gerar lucro com a monetização. O objetivo foi vedar reembolsos de despesas com serviços que resultem em vantagens financeiras ao parlamentar ou a terceiros.

“A medida foi tomada após a divulgação de que os deputados estavam transformando a divulgação de atividades no Congresso em negócio privado, ao monetizar seus canais no YouTube.”

PL proíbe que agentes públicos monetizem publicação de conteúdo na internet.(Imagem: FreePik)

Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Informações: Câmara dos Deputados.

Veja a versão completa

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