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Advogada acusada de rebolar em Júri acredita que juiz foi omisso

Para ela, casos de machismo não são exceção no Judiciário, e situação foi prejudicial também ao réu, que acabou condenado.

25/11/2022

Um episódio lamentável aconteceu no Tribunal do Júri de Taubaté/SP: um promotor disse à advogada do réu que ela tem o "habito de rebolar", referindo-se à tentativa de convencimento dos jurados.

Após a repercussão do caso, o promotor Alexandre Mourão Mafetano tornou-se alvo de reclamação disciplinar apresentada à Corregedoria Nacional do MP.

Nós conversamos com a causídica, a criminalista Cinthia Souza, que explicou como se deram os fatos. "Aquilo me machucou", disse (revela o vídeo).

Ela contou que já é conhecido no fórum o jeito "ácido e provocativo" daquele promotor, e que a situação, que envolvia direito ao silêncio, foi prejudicial não só a ela, como para o réu, que acabou condenado.

Assista à entrevista.

A advogada Cinthia Souza entende que houve omissão por parte do juiz que presidia o Júri, situação que foi ainda mais desfavorável ao réu, já que, pelo cargo, ele é visto com grande respeito pelos jurados.

Por fim, ela lamenta o fato de que casos de machismo no Judiciário não são isolados. A advogada conta que foi contatada por diversas colegas de profissão, muitas dizendo que já passaram por situações constrangedoras no exercício da advocacia.

Veja a versão completa

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