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Câmara aprova regras de emendas parlamentares; texto segue para sanção

Deputados aprovaram parte das modificações feitas no Senado.

21/11/2024

A Câmara dos Deputados aprovou parte das alterações propostas pelo Senado ao PLP 175/24, que regulamenta regras de transparência, execução e impedimentos técnicos para emendas parlamentares ao Orçamento. O texto segue agora para sanção presidencial.

De autoria do deputado Rubens Pereira Júnior , o projeto foi elaborado em resposta à decisão do STF de suspender a execução de emendas parlamentares até a definição de normas que garantam controle social, rastreabilidade e maior transparência.

O relator, deputado Elmar Nascimento, rejeitou propostas do Senado que incluíam o aumento do número de emendas de bancada estadual de oito para dez e o fim da obrigatoriedade de destinar 50% das emendas de comissão à saúde. Ele justificou que essas alterações poderiam extrapolar acordos firmados com outros Poderes.

Rubens Pereira Júnior destacou avanços no texto final. "A proposta promove maior transparência para todos os tipos de emendas parlamentares e estabelece que as chamadas 'emendas Pix' já devem especificar o objeto, deixando de ser simples transferências. Isso permitirá que todos acompanhem para onde os recursos estão indo".

Emendas pix

As emendas individuais impositivas, conhecidas como "emendas pix", ganharam novas normas para garantir maior controle e transparência:

O texto prevê que órgãos de controle e fiscalização poderão apontar ajustes caso identifiquem inconsistências no plano de trabalho apresentado pelos beneficiários.

Câmara conclui votação de projeto que regulamenta emendas ao Orçamento.(Imagem: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

Emendas de bancada e de comissão

O número de emendas de bancada foi mantido em oito por Estado, conforme o texto da Câmara, rejeitando a proposta do Senado de aumentar para dez. Entretanto, até três emendas adicionais poderão ser apresentadas para garantir a conclusão de obras já iniciadas.

As emendas de comissão permanecem com a destinação obrigatória de 50% dos recursos para a saúde, observando as demandas prioritárias do SUS.

Para o Orçamento de 2024, será permitida a designação genérica de programação, mas a partir de 2025, as emendas deverão identificar de forma precisa o objeto.

Mudanças no arcabouço fiscal

A regulamentação traz critérios específicos para as emendas parlamentares em relação ao novo regime fiscal:

As emendas modificativas ficam fora do limite do arcabouço fiscal se atenderem a critérios como:

Bloqueios e contingenciamentos

O texto especifica que emendas parlamentares não serão sujeitas a bloqueios orçamentários para cumprir o arcabouço fiscal, permitindo apenas contingenciamentos para atender metas fiscais.

Esses contingenciamentos deverão priorizar áreas listadas pelo Legislativo, aumentando a previsibilidade na execução orçamentária.

Ações prioritárias

O texto define como ações prioritárias:

Com informações da Agência Câmara.

Veja a versão completa

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