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Morre, aos 96 anos, ministro aposentado do STJ Cid Flaquer Scartezzini

Magistrado ocupou a vice-presidência da Corte e teve extensa trajetória no Direito.

7/3/2025

Faleceu na noite desta quinta-feira, 6, o ministro aposentado do STJ Cid Flaquer Scartezzini, aos 96 anos, em São Paulo. O magistrado, que integrou o Tribunal Federal de Recursos, passou a compor o STJ em 1989 e ocupou a vice-presidência da Corte entre 1998 e sua aposentadoria, em 1999.

O velório será realizado neste sábado, 8, às 9h, seguido do sepultamento às 13h, no Cemitério do Morumby, na capital paulista.

Trajetória jurídica e acadêmica

Nascido em São Paulo, Cid Scartezzini formou-se em Direito pela USP e se especializou em Direito Penal e Criminologia. Sua carreira jurídica teve início na advocacia, tendo atuado em São Paulo e na região do ABC Paulista. Foi presidente da Associação dos Advogados de Santo André e conselheiro da seccional paulista da OAB por dois biênios.

No âmbito acadêmico, foi professor primário e secundário, ministrando disciplinas como Língua Portuguesa, Economia Política e Legislação Aplicada. Além disso, foi professor titular de Direito Público e Privado, Direito Penal e Direito Processual Penal nas Faculdades Metropolitanas e no Instituto de Ensino Superior Senador Flaquer, em Santo André.

Morre, aos 96 anos, o ministro aposentado Cid Scartezzini.(Imagem: Flickr STJ)

Carreira na magistratura

Scartezzini ingressou na magistratura como juiz Federal, posteriormente atuando como juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE/SP) entre 1969 e 1971. Em 1981, foi nomeado ministro do Tribunal Federal de Recursos (TFR), antecessor do STJ, cargo que ocupou até a criação do Superior Tribunal de Justiça pela Constituição de 1988.

Com a instalação do STJ em 1989, Scartezzini passou a integrar a nova Corte, onde permaneceu por uma década. Em 1998, assumiu a vice-presidência do Tribunal, função que exerceu até sua aposentadoria em 24 de fevereiro de 1999.

Além de sua atuação no STJ, o ministro também foi membro do TSE e exerceu o cargo de corregedor-geral eleitoral. Ao longo da carreira, teve participação ativa em diversas entidades jurídicas, sendo membro da Academia Paulista de Direito, da Academia Brasileira de Direito Criminal e da Sociedad Venezuelana de Derecho Penal y Criminología.

Com uma trajetória marcada pela dedicação ao Direito e à magistratura, Cid Flaquer Scartezzini deixa um legado expressivo no cenário jurídico brasileiro, sendo lembrado por sua atuação no campo do Direito Penal e pela defesa dos princípios constitucionais.

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