Migalhas Quentes

Advogada não junta procuração atualizada e é condenada por má-fé

Consumidora alegava irregularidades no contrato, mas a ausência de documentos culminou na condenação.

30/5/2025

 juíza Fernanda Soares Fialdini, da 2ª vara Cível de São Paulo/SP, julgou extinta ação revisional de contrato bancário e condenou advogada de cliente ao pagamento de multa por litigância de má-fé.

magistrada verificou que não foi apresentada procuração com firma reconhecida nem comprovante atualizado de endereço, além de centenas de ações semelhantes contra instituições financeiras.

O caso envolveu consumidora que, alegando abusividade nos juros aplicados e na utilização da Tabela Price, pediu a revisão de contrato de empréstimo firmado com o banco.

A autora também questionava a ausência de previsão expressa de capitalização de juros e requeria a devolução de valores supostamente pagos a maior.

Em contestação, o banco afirmou a regularidade do contrato e levantou a possibilidade de litigância predatória, apontando a ausência de documentos essenciais à propositura da ação e a atuação reiterada da mesma advogada em diversas demandas semelhantes.

Juíza extingue ação revisional e condena advogada por litigância de má-fé.(Imagem: Freepik)

A magistrada, após verificar que a parte autora não apresentou a procuração com firma reconhecida nem comprovante atualizado de endereço, extinguiu o processo sem resolução de mérito com fundamento no art. 485, IV, do CPC.

Embora tenha revogado a gratuidade da Justiça inicialmente concedida, a juíza afastou a condenação da autora, considerando que não poderia ser penalizada por eventual má-conduta de sua advogada.

No entanto, condenou a advogada ao pagamento das custas processuais e de multa por litigância de má-fé equivalente a dois salários-mínimos, nos termos do art. 81 do CPC e em conformidade com enunciados da Corregedoria Geral de Justiça do TJ/SP.

Segundo a magistrada, ficou evidenciado que a profissional já havia ajuizado centenas de ações semelhantes contra instituições financeiras e utilizava petições padronizadas, o que reforçou o entendimento de má-fé processual.

O escritório Dias Costa Advocacia atua no caso.

Leia aqui a sentença.

Veja a versão completa

Leia mais

Migalhas Quentes

Juiz condena por má-fé advogado que propôs 80 ações iguais

2/3/2025
Migalhas Quentes

Cliente é condenado por má-fé ao negar contratos com financeira

2/12/2024
Migalhas Quentes

TRT-3: Após oito suspeições contra juízes, advogado é multado em R$ 100 mil

11/11/2024
Migalhas Quentes

Litigância predatória: Juiz extingue ação e condena advogado por má-fé

29/7/2024
Migalhas Quentes

Por execução excessiva, cliente é condenada por má-fé contra banco

19/4/2024
Migalhas Quentes

Advogados com mais de 500 ações contra banco pagarão multa por má-fé

22/3/2024
Migalhas Quentes

Litigância predatória: Juiz explica modus operandi dos profissionais

20/7/2021