A PGR solicitou ao STF a prisão da deputada federal Carla Zambelli. O pedido foi encaminhado nesta terça-feira, 3, ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal em que a parlamentar foi condenada.
A medida foi tomada após Zambelli anunciar, em entrevista, que deixou o país para realizar tratamento médico, sem revelar o destino. A deputada informou ainda que pretende solicitar licença do mandato.
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Condenações
No Supremo, Carla Zambelli foi condenada a dez anos de reclusão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos em razão da invasão ao sistema eletrônico do CNJ, episódio ocorrido em 2023. A ação penal segue em fase recursal.
Segundo as investigações, a deputada foi a responsável intelectual pelo ataque, que resultou na emissão fraudulenta de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
O hackeamento foi executado por Walter Delgatti, condenado no mesmo processo e que confirmou ter agido a mando de Zambelli.
Além dessa condenação, a parlamentar também responde a outra ação penal no STF, relacionada ao episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu um jornalista em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
No julgamento, já suspenso por pedido de vista do ministro Nunes Marques, há maioria formada (6 a 0) pela condenação a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto.
Paralelamente, o deputado Federal Lindbergh Farias apresentou representação à PGR, solicitando medidas urgentes.
Entre os pedidos estão a inclusão do nome da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol, o início dos trâmites para extradição, o bloqueio de seus bens e a revogação de seu passaporte diplomático.
Defesa
Após a informação sobre a saída do país, o advogado Daniel Bialski comunicou o encerramento de sua atuação na defesa de Zambelli. “Fui informado pela deputada que estaria fora do Brasil para tratamento de saúde. Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa da deputada”, declarou o advogado.