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Defesa de Bolsonaro pede ao STF anulação da delação de Mauro Cid

A equipe jurídica alega que ex-ajudante de ordens mentiu em interrogatório.

17/6/2025

A equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro formalizou, nesta segunda-feira, 16, uma solicitação ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, para que seja declarada a nulidade do acordo de colaboração premiada firmado com o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.

Segundo os advogados, Cid teria prestado informações falsas durante o interrogatório realizado na semana anterior, além de ter infringido as cláusulas de confidencialidade estabelecidas no acordo, o qual foi celebrado com a PF no âmbito das investigações sobre a suposta trama golpista.

Conforme declaração da defesa, "o delator mentiu de novo, e tem mentido para acobertar suas sucessivas mentiras e que alcançam também os depoimentos prestados. Os fatos trazidos a público após os interrogatórios são graves, para dizer o mínimo e muito pouco".

Bolsonaro durante interrogatório no STF, na semana passada.(Imagem: Ton Molina/STF)

O pedido da defesa de Bolsonaro foi motivado pela publicação da revista Veja, na qual se alega que Cid teria faltado com a verdade em seu depoimento. Durante a oitiva, Mauro Cid foi questionado pela defesa de Bolsonaro sobre o conhecimento dos perfis @gabrielar702 e Gabriela R, no Instagram, que são identificados com mesmo nome da esposa do militar, Gabriela Cid. Ele respondeu que não sabia se o perfil era de sua esposa e afirmou que não usou redes sociais para se comunicar com outros investigados.

Os advogados do ex-presidente levantaram a suspeita de que Cid utilizou o perfil para divulgar informações sigilosas de seus depoimentos da delação. Pelas cláusulas do acordo, os depoimentos são sigilosos, e o descumprimento pode levar a penalidades, como a anulação dos benefícios, entre eles, a possiblidade de responder ao processo em liberdade.

Após a divulgação da reportagem, a defesa de Mauro Cid afirmou que a reportagem da revista Veja é "mentirosa". Os advogados também pediram a investigação sobre a titularidade dos perfis. "Esse perfil não é e nunca foi utilizado por Mauro Cid, pois, ainda que seja coincidente com nome de sua esposa (Gabriela), com ela não guarda qualquer relação", afirmou a defesa.

Com informações da Agência Brasil.

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