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"Faço banco de horas", brinca Flávio Dino sobre falas longas no STF

Em entrevista, ministro explica que divide o tempo entre votos e apartes e diz que falar mais é um “traço de personalidade”.

1/7/2025

Conhecido pelas intervenções frequentes e discursos mais extensos durante as sessões do STF, o ministro Flávio Dino, em entrevista ao Migalhas, comentou sobre a fama de ser um dos mais falantes da Corte. Segundo ele, trata-se de um traço de personalidade que a toga não consegue apagar e que “engrandece o colegiado”.

"Na verdade, é um traço pessoal (...) A toga igual não significa matar a trajetória, a experiência, a visão de mundo e o estilo de cada um. Então, quando eu ali entrei, procurei manter traços de personalidade, porque acho que isso é o certo. É isso que engrandece o colegiado, a diversidade."

Dino também explicou sua estratégia de “compensação” do tempo de fala, numa espécie de "banco de horas".

"Eu faço uma espécie de banco de horas. Quando eu sou relator, eu falo menos, e aí eu economizo horas para gastar nos apartes."

O ministro ainda fez referência ao que chamou de “bullying injusto” por parte dos colegas que o criticam por falar demais.

"Porque quando eu voto, eu voto normalmente em 40 minutos, uma hora no máximo, aí aquilo que seria parte do voto, eu transformo em aparte, é só isso", brincou Dino.

O evento

Nos dias 30 de junho e 1º de julho, acontece em Coimbra, Portugal, o Seminário de Verão. Com o tema "Descortinando o Futuro: 30 Anos de Debates Jurídicos", o evento reúne autoridades e acadêmicos do universo jurídico e de diversas outras áreas.

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