MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. Migalhas Quentes >
  4. Noronha considera retirada de vetores negativos e reduz pena por roubo
Penal | Reformatio in pejus

Noronha considera retirada de vetores negativos e reduz pena por roubo

Tribunal de origem afastou os vetores negativos de conduta social, personalidade, motivos e antecedentes, mas manteve a pena no mesmo patamar. Para Noronha, a decisão contrariou jurisprudência da Corte da Cidadania.

Da Redação

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Atualizado às 09:47

Em decisão monocrática, o ministro João Otávio de Noronha, do STJ, reduziu a pena de um paciente condenado por roubo ao considerar que o tribunal de origem afastou vetores negativos, mas manteve a quantidade da punição no mesmo patamar, o que contraria jurisprudência da Corte da Cidadania.

O paciente foi condenado à pena de 8 anos de reclusão em regime fechado pela prática do crime descrito no art. 157, § 3º (primeira parte), do Código Penal.

Na origem, o TJ/PE afastou os vetores negativos de conduta social, personalidade, motivos e antecedentes, porém reconheceu outros três vetores negativos: culpabilidade, circunstâncias e consequências do crime. Desta forma, a pena foi mantida no mesmo patamar.

Ao STJ, em sede de habeas corpus, ele aponta constrangimento ilegal decorrente de reformatio in pejus, já que o tribunal pernambucano afastou quatro circunstâncias judiciais valoradas negativamente pelo juízo sentenciante, sem, contudo, proceder à proporcional redução da pena-base.

 (Imagem: Sergio Amaral/STJ)

Noronha considera retirada de vetores negativos e reduz pena de condenado por roubo.(Imagem: Sergio Amaral/STJ)

O relator do caso, ministro Noronha, ponderou que a decisão de origem manifesta ilegalidade, "pois a conclusão é contrária ao princípio da individualização da pena, o que impõe a observância da proporcionalidade".

"Assim, afastada a valoração negativa dos vetores conduta social, personalidade, motivos e antecedentes, impõe-se a redução proporcional da pena-base."

Além disso, considerou que o Tribunal não fundamentou adequadamente o aumento da pena com base na culpabilidade e nas consequências do crime.

Por esses motivos, o ministro não conheceu do habeas corpus, mas concedeu a ordem de ofício a fim de readequar a pena do paciente para 7 anos de reclusão.

A defesa foi realizada pelas advogadas Bianca Serrano e Maria Eduarda Siqueira Campos, do escritório João Vieira Neto Advocacia Criminal.

Acesse a decisão.

João Vieira Neto Advocacia Criminal

Patrocínio

Flávia Thaís De Genaro Sociedade Individual de Advocacia

Escritório de advocacia Empresarial, Flávia Thaís De Genaro Sociedade Individual de Advocacia atua nas áreas Civil, Tributária e Trabalhista. Presta consultoria em diversos segmentos da Legislação Brasileira, tais como: Escrita Fiscal, Processo Civil e Alterações do Novo Código de 2002, Falências,...

TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA
TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA

TORRES & SILVA SOCIEDADE DE ADVOGADOS LTDA

CCM Advocacia de Apoio
CCM Advocacia de Apoio

Escritório Carvalho Silva & Apoio Jurídico. Fundado na cidade de Marabá pela advogada Regiana de Carvalho Silva, atua com proposito de entregar para cada cliente uma advocacia diferenciada, eficaz e inovadora. Buscamos através do trabalho em equipe construir dia após dia uma relação solida...