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Aviação

TAP não deve indenizar passageiros por atraso inferior a quatro horas

Nos casos julgados, magistrado ressaltou que os viajantes não comprovaram ter sofrido qualquer prejuízo em decorrência do atraso.

Da Redação

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Atualizado em 28 de maio de 2024 15:18

O juiz de Direito Marcio Reinaldo Miranda Brada determinou que a TAP não deve indenizar passageiros por atraso inferior a quatro horas em voo. Em ambos os casos, o magistrado ressaltou que os autores não comprovaram ter sofrido qualquer prejuízo em decorrência do atraso.

No primeiro caso, o passageiro afirmou que adquiriu passagens aéreas de ida e volta para o trecho Salvador x Lisboa x Paris. Entretanto, relatou que no voo de ida houve um atraso de cerca de uma hora, o que ocasionou sua chegada tardia ao destino e a perda de uma reserva em um restaurante que pretendia conhecer. Assim, requereu a condenação da empresa aérea por danos morais.

Na contestação, a TAP ressaltou que, diferente do alegado pelo viajante, houve atraso ínfimo de 15 minutos no voo em decorrência de problemas operacionais.

Ao analisar o caso, o magistrado observou que o atraso questionado pelo consumidor foi inferior a quatro horas, sendo a partir desse período que as empresas aéreas devem ofertar assistência, conforme informado pela Anac - Agência Nacional de Aviação Civil.

Assim, julgou o pedido improcedente.

Confira aqui a sentença.

 (Imagem: Freepik.)

Atraso ínfimo a quatro horas não configura dano moral.(Imagem: Freepik.)

Já no segundo caso, o passageiro ajuizou ação após alegar que os voos adquiridos para Salvador x Lisboa x Veneza e Nápoles x Lisboa x Salvador foram operados em empresa aérea distinto do comprado, pois a aeronave não fornecia o mesmo padrão de qualidade. Sustenta, ainda, que houve atraso no voo. Assim, requereu a restituição do valor de R$ 8,9 mil, além de indenização danos morais.

Em defesa, a companhia aérea sustentou que na análise da reserva consta a informação de que os voos seriam operados por outra empresa, ficando claro que a viagem foi realizada nos moldes contratados. Conta, ainda, que o voo sofreu um pequeno atraso de duas horas.

No caso em questão, o juiz ressaltou que o passageiro não comprovou ter sofrido qualquer prejuízo em decorrência do atraso, o qual foi inferior a quatro horas. Além disso, entendeu que não ficou comprovado que o serviço tenha sido prestado de maneira inferior à contratada. "Não foi juntado aos autos qualquer fotografia, vídeo ou qualquer outro meio de prova que ateste tal alegação", destacou o magistrado.

Com base em seu entendimento, julgou improcedente a ação.

Confira aqui a sentença.

Opinião

De acordo com a advogada Betânia Miguel Teixeira Cavalcante, sócia do Badaró Almeida & Advogados Associados, "as sentenças são interessantes, pois destacam que, em conformidade com a resolução 400 da ANAC, as empresas aéreas devem ofertar assistência apenas após quatro horas de atraso do voo."

Ademais, a advogada ressaltou que, as decisões estão em consonância com o entendimento do STJ, tendo em vista a impossibilidade de presunção do dano moral em caso de atraso de voo, o qual deve ser comprovado. "Observe-se que, tanto em um atraso ínfimo - 15 minutos - quanto em um atraso de 3 horas, por estarem abaixo da previsão da ANAC e em cotejo com a jurisprudência pátria, não há que se falar em indenização por danos morais, posto que ausente a comprovação de qualquer dano", finalizou.

Badaró Almeida & Advogados Associados

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