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Alvarás

CNJ afasta magistrados do AM por atuação em caso envolvendo Eletrobrás

Juiz e desembargador do TJ/AM teriam cometido infrações disciplinares, como a transferência de valores envolvendo alvarás de R$ 150 milhões. Decisão determina perícia em equipamentos e bloqueio de acessos ao sistema.

Da Redação

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Atualizado em 23 de fevereiro de 2025 07:17

O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, determinou nesta sexta-feira, 21, o afastamento cautelar do juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos e do desembargador Elci Simões de Oliveira, do TJ/AM.

A medida foi tomada no âmbito de reclamação disciplinar instaurada a partir de  denúncia da Eletrobrás.

A empresa apontou possíveis infrações disciplinares relacionadas à transferência de valores e expedição de alvarás para o levantamento de quase R$ 150 milhões da companhia.

 (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

CNJ afasta juiz e desembargador do TJ/AM por alvarás de R$ 150 milhões.(Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Segundo o ministro Campbell Marques, os magistrados não teriam adotado a devida cautela na análise dos títulos e da legitimidade dos beneficiários dos valores liberados.

O corregedor destacou que os atos indicam possível quebra da isonomia e imparcialidade esperada dos julgadores, o que justificaria o afastamento cautelar.

"A atuação dos reclamados representa graves danos à imagem do Poder Judiciário amazonense, notadamente em razão dos atos que parecem indicar quebra da isonomia e da imparcialidade que se espera dos julgadores."

Além da imediata suspensão das funções jurisdicionais, o corregedor determinou o bloqueio dos acessos dos magistrados aos sistemas internos do TJ/AM e lacração e perícia nos equipamentos funcionais do juiz e do desembargador para extração de dados que subsidiem a reclamação disciplinar.

Os magistrados têm cinco dias para apresentar manifestação. 

  • Processo: RD 0000779-08.2025.2.00.0000

O caso tramita em segredo de Justiça.

Cautela

Em nota assinada pelo presidente Jomar Fernandes, o TJ/AM informou que "o momento exige cautela e serenidade, permitindo que as investigações sigam seu curso com a devida observância ao contraditório e à ampla defesa".

"Reafirmamos nossa plena confiança no trabalho valoroso dos homens e mulheres que integram a Magistratura amazonense, profissionais que ingressaram na carreira por mérito e dedicam suas vidas à garantia dos direitos e à promoção da justiça. Ressaltamos, ainda, que o Tribunal não é objeto de qualquer investigação e que os fatos serão devidamente esclarecidos com transparência e respeito às instituições."

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