Ministros do STJ prestam homenagens ao Papa Francisco durante sessões
Em sessões das turmas da Corte ministros destacaram legado de acolhimento, justiça social e espiritualidade deixado pelo pontífice.
Da Redação
terça-feira, 22 de abril de 2025
Atualizado às 19:21
Em memória do Papa Francisco, ministros do STJ realizaram homenagens durante sessões nesta terça-feira, 22.
As manifestações ocorreram nas 2ª, 3ª, 4ª e 6ª turmas da Corte, com discursos sobre o legado espiritual e social deixado pelo pontífice.
Veja as homenagens:
Segundos de silêncio
Na 2ª turma, o ministro Afrânio Vilela propôs dez segundos de silêncio em homenagem ao Papa. Em sua fala, ressaltou o papel do religioso na formação humana e na preservação ambiental, mencionando também as "encíclicas maravilhosas" deixadas como legado.
"Com certeza, ele já tem seu lugar assegurado", afirmou.
Não há paz sem justiça
Na 3ª turma, o ministro Humberto Martins lamentou o falecimento de Sua Santidade, destacando sua trajetória como líder humanitário defensor da liberdade, solidariedade, fraternidade e amor. Enalteceu a figura do Papa Francisco como aquele que procurou construir "estradas em favor da humanidade", e expressou o desejo de que seu sucessor siga os mesmos valores.
A ministra Daniela Teixeira também prestou sua homenagem, registrando profundo pesar pela perda e relembrando palavras do Papa durante visita de membros da advocacia brasileira ao Vaticano, em 2023: "Não pode haver paz, se não houver Justiça".
S. Exa. defendeu que esse ensinamento seja adotado como mantra pela 3ª turma, e destacou outras lições deixadas, como a de que "o dinheiro deve servir e não governar" e que "o princípio da humanidade nunca deixe de ser o eixo do nosso agir cotidiano".
Finalizou defendendo que a vida do Papa Francisco seja saudada com a prática de seus ensinamentos e desejando que a igreja católica encontre forças para superar esse momento de dor.
Luto
Os ministros Raul Araújo e Marco Buzzi, da 4ª turma, se manifestaram registrando o luto da cristandade.
Buzzi pontuou que, com o falecimento do Papa, "o mundo perde um líder e uma referência de homem que se propôs e vinha lutando pela modernização da igreja católica, dos seus dogmas e da atualização dos seus princípios".
Um Papa de todos
Por fim, representando a 6ª turma, o ministro Antonio Saldanha Palheiro se manifestou destacando o caráter inclusivo e acolhedor do líder religioso. Segundo ele, o pontífice sempre abriu espaço na igreja para todas as pessoas, independentemente de origem, gênero, raça ou ideologia.
O ministro também relembrou a postura firme do Papa diante de injustiças e sua coragem em enfrentar governos autoritários com elegância e fidelidade à fé cristã. Destacou, ainda, a repercussão global de sua morte, observando que líderes de lados opostos de conflitos, como Putin, o presidente da Ucrânia, autoridades palestinas e israelenses, exaltaram suas qualidades.
Para Saldanha, essa capacidade de unir o mundo em torno da mensagem cristã de acolhimento revela a dimensão universal de Francisco.
"Papa da simplicidade, da grandeza [...] Foi realmente um papa de todos", concluiu.