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Futebol

STJD condena Dudu por misoginia contra Leila Pereira, presidente do Palmeiras

Os auditores impuseram ao jogador uma suspensão de seis partidas em competições organizadas pela CBF e multa no valor de R$ 90 mil.

Da Redação

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Atualizado às 21:23

A 5ª Comissão Disciplinar do STJD - Superior Tribunal de Justiça Desportiva condenou nesta sexta-feira, 18, o atacante Dudu, atualmente no Atlético-MG, por conduta discriminatória com caráter misógino dirigida à presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Por unanimidade, os auditores impuseram ao jogador uma suspensão de seis partidas em competições organizadas pela CBF e multa no valor de R$ 90 mil. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.

A punição se baseia no artigo 243-G do CBJD - Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de atos discriminatórios, desdenhosos ou ultrajantes relacionados a preconceito de raça, cor, sexo, origem, idade ou condição de pessoa idosa ou com deficiência. O julgamento teve início após denúncia formal apresentada por entidades como a UBM - União Brasileira de Mulheres, que apontaram conteúdo ofensivo e misógino em publicações feitas por Dudu nas redes sociais no início de 2025.

O procurador Ronald Siqueira Barbosa Filho, ao sustentar a denúncia, destacou que a postagem do jogador extrapolou os limites da liberdade de expressão ao questionar a legitimidade da presidente do Palmeiras com base em insinuações misóginas. A publicação mencionava diretamente Leila Pereira e continha a sigla "VTNC", além de afirmações como: "todo mundo sabe como ela chegou a ser presidente do Palmeiras", que, segundo o procurador, desqualificavam a dirigente enquanto mulher e autoridade esportiva.

Durante a sessão, a relatora Renata Baldez propôs pena de seis partidas e multa de R$ 60 mil, seguida pelos auditores Ramon Rocha e Raoni Vita. O presidente da comissão, Paulo Ceo, propôs a elevação da multa para R$ 90 mil com base na condição financeira do atleta, proposta acolhida pelos demais. O tribunal também considerou o amplo alcance da publicação, feita em perfil com mais de 2 milhões de seguidores e replicada por veículos de comunicação.

A presidente Leila Pereira compareceu presencialmente e reafirmou o impacto da publicação, afirmando que foi agredida verbalmente por sua condição de mulher dirigente. Dudu não compareceu, justificando ausência por compromisso do clube na Colômbia pela Copa Sul-Americana. Em vídeo exibido na sessão, o jogador pediu desculpas a mulheres que se sentiram ofendidas e disse que não teve intenção de atacar.

Paralelamente à esfera esportiva, o conflito entre Dudu e Leila também tramita no Judiciário comum. A dirigente ingressou com ação cível por danos morais contra o atleta, enquanto Dudu apresentou queixa-crime contra Leila na 13ª vara Criminal de São Paulo, alegando ofensas proferidas por ela em entrevistas públicas. Uma audiência está marcada para 26 de agosto.

Histórico do conflito

O atrito entre Leila Pereira e Dudu se intensificou após a rescisão do contrato do jogador com o Palmeiras, no fim de 2024, antecedido por tentativa frustrada de transferência ao Cruzeiro. A presidente criticou publicamente o comportamento do atleta, que reagiu com a postagem que motivou a denúncia ao STJD. A Procuradoria e os auditores entenderam que o conteúdo da publicação caracterizava infração disciplinar com motivação misógina.

A decisão tem efeitos imediatos no calendário do Atlético-MG, já que Dudu fica fora dos próximos jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Ele, no entanto, pode atuar normalmente em competições internacionais, como a Copa Sul-Americana, organizada pela Conmebol.

 (Imagem: Reprodução/Instagram)

Postagem feita pelo jogador Dudu.(Imagem: Reprodução/Instagram)

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