Flávio Dino diz que ação da trama golpista é "check-up" da democracia
Durante o julgamento, ministros usam metáforas; Cármen Lúcia compara ataques às instituições a um "vírus" e alerta: "Espero que este julgamento seja um remédio. A recidiva não é boa".
Da Redação
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Atualizado às 18:48
Durante o julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, a ministra Cármen Lúcia comparou os ataques às instituições brasileiras a um vírus "insidioso" e "invisível" que comprometeu a saúde política e jurídica do Estado Democrático de Direito.
A ministra classificou a ofensiva institucional como uma "corrosão interna", um processo silencioso e progressivo.
"É um vírus mesmo. O corpo da pessoa está ali, mas ela está com uma doença gravíssima e vai morrer. Ele é insidioso, invisível (...) até uma hora que foi se espalhando e contaminando o corpo inteiro", alertou.
A partir dessa analogia, o ministro Flávio Dino descreveu o julgamento no STF como um "check-up da democracia", e Cármen acrescentou que espera que o processo funcione como "um remédio para que não volte com frequência. A recidiva não é boa", afirmou.
Para a ministra, a saúde institucional exige vigilância permanente, tal como o cuidado pessoal com a saúde física.
"A saúde política e jurídica no Estado Democrático de Direito exige o que vale para nós, seres humanos. A pessoa inteligente cuida da saúde para não tratar da doença. É preciso que a gente cuide de cada coisa."
Confira o vídeo: