Advogado e professor suspeito de crimes sexuais é preso no RS
Delegada justificou a prisão pelo receio das vítimas em testemunhar.
Da Redação
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Atualizado às 17:12
O advogado e professor de Direito Conrado Paulino da Rosa foi preso preventivamente nesta sexta-feira, 26, em Porto Alegre/RS.
A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pela Polícia Civil gaúcha.
Segundo a delegada responsável pela investigação, a medida foi solicitada porque algumas vítimas demonstraram medo de detalhar as denúncias enquanto o investigado permanecia em liberdade.
Os relatos abrangem mais de uma década e são apurados pela 2ª DEAM - Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher.
Até o momento, 13 mulheres já denunciaram o advogado, sendo 11 com registros formais desde o início da apuração, em 5 de setembro.
Uma nova vítima teria procurado a polícia após a prisão.
As acusações envolvem estupro de vulnerável, violência psicológica e abusos possivelmente facilitados pelo uso de substâncias químicas.
Antes da prisão preventiva, Conrado já cumpria medidas cautelares impostas pela Justiça, como tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato com vítimas e restrição de circulação em ambientes acadêmicos e jurídicos.
Quem é o advogado?
Conrado é pós-doutor em Direito pela UFSC, autor de 18 livros sobre Direito de Família e Sucessões e possuía expressiva atuação acadêmica e associativa.
Após a divulgação das denúncias, entidades como o IBDFAM, a FMP e a OAB/RS anunciaram seu afastamento ou abertura de processos ético-disciplinares.
O advogado divulgou nota em redes sociais negando as acusações e afirmando confiar na apuração das autoridades. A defesa também declarou que acompanha o inquérito e que confia no contraditório e na ampla defesa.
Nota da defesa
A defesa de Conrado Paulino da Rosa, em nota, disse que considera a prisão temporária uma medida desproporcional, "visto que ele vinha cumprindo rigorosamente todas as determinações judiciais". Diante disso, afirmou que impetrará HC junto ao TJ/RS.
"Ressalta-se, ainda, que Conrado não foi ouvido, até o momento, nem teve a oportunidade de apresentar suas provas perante a autoridade policial", acrescentou.





