Fachin poeta? Arquivos da UFPR revelam lado literário do ministro
Antes da toga e do rigor jurídico, novo presidente do STF exercitava a veia literária em versos e sátiras acadêmicas.
Da Redação
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Atualizado em 30 de setembro de 2025 10:14
O recém-empossado presidente do STF, ministro Edson Fachin, carrega uma faceta pouco conhecida, e que vai além do rigor jurídico e da toga.
Uma pesquisa realizada pela AMEC - Acervo de Memória e Cultura da UFPR trouxe à tona registros inéditos de sua juventude acadêmica, revelando um Fachin poeta e satírico, ativo colaborador do jornal interno da faculdade de Direito da UFPR.
Entre 1976 e 1980, durante a graduação, o então jovem estudante trocou a lógica dos códigos pela liberdade das palavras. Nas páginas da "Folha Acadêmica", Fachin publicou poemas e sátiras que percorriam do lirismo ao humor crítico. A produção literária mostra como a formação do jurista também foi moldada por uma relação com a literatura e com a expressão criativa.
Um dos exemplos curiosos resgatados pelo levantamento é a sátira intitulada "A Rádio de Todo Dia", uma divertida crítica aos programas radiofônicos da época. A peça, marcada por caricaturas de locutores e a ironia com a confusão das transmissões, revela um lado bem-humorado e espirituoso do ministro.
Do resgate desses textos literários, emerge o retrato de um jovem criativo e de inteligência aguçada, qualidades que acompanharam o ministro ao longo da sua trajetória e agora se refletem na missão de conduzir a Suprema Corte.