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"No Brasil, cargo de vice virou trampolim", diz ministra Cármen Lúcia

Ministra citou o caso de Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva, preso em 1969, e defendeu reflexão sobre o papel do cargo no sistema federativo e republicano.

Da Redação

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Atualizado às 19:33

Durante o julgamento em que o STF discutiu se a substituição temporária do chefe do Executivo por vice configura exercício de mandato, ministra Cármen Lúcia afirmou que o cargo de vice, no Brasil, "é um trampolim".

S. Exa. observou que a função costuma ser tratada de forma instrumental, sem a devida valorização política e institucional.

A ministra citou o exemplo de Pedro Aleixo, vice-presidente de Costa e Silva, que foi impedido de assumir a Presidência em 1969 durante o regime militar:

Veja a fala:

Cármen destacou, ainda, que a escolha de um vice deve levar em conta critérios representativos e federativos, e não apenas conveniências eleitorais.

"Eu acho que é importante mesmo que a gente pense. Na hora que alguém vai escolher um candidato a vice na sua chapa, só terá importância se assumir?", questionou.

Para a ministra, é necessário repensar o papel do cargo dentro do pacto federativo e da República.

O caso Pedro Aleixo

Pedro Aleixo foi vice-presidente do Brasil entre 1967 e 1969, durante o governo do marechal Artur da Costa e Silva, no período da ditadura militar.

Em agosto de 1969, Costa e Silva sofreu um AVC e ficou incapacitado para governar.

Pela Constituição de 1967, caberia ao vice-presidente assumir o cargo. No entanto, os ministros militares impediram a posse de Pedro Aleixo, sob a justificativa de que o país vivia uma situação de "exceção" e que seria necessário um comando conjunto.

Em vez de permitir a sucessão constitucional, os ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica formaram uma Junta Militar, que assumiu o poder de forma provisória.

Pedro Aleixo, que era civil e jurista, se opôs publicamente ao AI-5 e foi colocado em prisão domiciliar, sendo afastado da vida pública.

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