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Decisão de Fachin conserta "trapaça judicial", avalia José Sócrates

Segundo o ex-primeiro-ministro de Portugal, o MPF decidiu escolher o seu juiz, "o juiz certo, que ia permitir todos os abusos e que ia condenar o presidente Lula".

5/4/2021

Em conversa exclusiva com Migalhas, José Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal, avaliou decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que anulou as condenações de Lula na Lava Jato.

Para Sócrates, Fachin retificou não apenas uma injustiça, mas uma "trapaça judicial".

A "trapaça" a qual o ex-primeiro ministro se refere é a escolha do juiz Sergio Moro pelo MPF.

“As democracias não escolhem os juízes para o caso. Nas democracias, os juízes são escolhidos previamente na lei, com as regras da lei. Só as ditaduras é que escolhem os juízes (...) O Miistério Público decidiu escolher o seu juiz, o juiz certo, que ia permitir todos os abusos e que ia condenar o presidente Lula.”

Em 2019, José Sócrates já falava o que viria a ser confirmado agora pelo Supremo: a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. Naquela entrevista, Sócrates afirmou: “ele nunca foi juiz, mas sempre foi um ativista político. E com isso trouxe ao Brasil uma enorme suspeição”.

 

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