Durante o julgamento, nesta terça-feira, 22, do “núcleo 2” dos acusados de tentativa de golpe de Estado, ministro Flávio Dino saiu em defesa do instituto da colaboração premiada. Usando uma referência bíblica, Dino comparou a adoção de novos instrumentos jurídicos à travessia do povo hebreu rumo à terra prometida.
“Quando lançamos mão de um novo instituto legal, é como a caminhada do povo de Deus saindo do Egito rumo à terra prometida. É claro que há desvios. Há quem se encante pelo bezerro de ouro, há quem se mantenha fiel aos dez mandamentos”, afirmou o ministro.
A fala foi uma resposta a críticas à colaboração premiada de Mauro Cid feita por advogados durante sustentação oral.
Sem citar diretamente a Lava Jato, Dino pontuou que desvios ocorridos no passado não invalidam a ferramenta, que continua sendo legítima e útil.
“Não é porque outrora alguém se perdeu e distorceu o instituto da colaboração premiada, que ele se perdeu para sempre. Ao contrário, é um instrumento utilíssimo.”