Durante depoimento prestado nesta segunda-feira, 9, no STF, Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro considerava duas hipóteses após as eleições de 2022: identificar uma fraude nas urnas eletrônicas ou contar com a adesão das Forças Armadas para um golpe de Estado.
O depoimento faz parte da fase de oitivas da ação penal que apura a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo o ex-ajudante de ordens, Bolsonaro acreditava que uma fraude poderia ser identificada e esperava que isso gerasse um clamor popular capaz de reverter a narrativa da derrota.
Cid explicou que essa era sua percepção dos fatos, mas ressaltou que, até o final do mandato, não foi encontrada nenhuma prova concreta de fraude.
Em seu relato, Mauro Cid afirmou que todos os dados analisados eram extraídos de estatísticas do próprio site do TSE e processados em computadores para tentar identificar inconsistências. Contudo, ele confirmou que não houve comprovação de qualquer irregularidade.
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